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Conflito e reconciliação entre crianças pré-escolares

Autor(es):
Frioli, Paula Maria de Almeida
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: São Paulo. [1997]. 106 f.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Instituto de Psicologia
Data de defesa:
Orientador: Ades, César
Área do conhecimento: Ciências Humanas - Psicologia
Indexada em: Banco de Dados Bibliográficos da USP-DEDALUS; Index Psi Teses - IP/USPPsi-Teses Logo
Localização: Universidade de São Paulo. Biblioteca do Instituto de Psicologia; HM251; F912c
Resumo

Com base em pesquisas de De waal com primatas, descreve e analisa do ponto de vista do gênero e da idade do Ss - os comportamentos de briga e reconciliação que ocorrem espontaneamente entre as crianças de 4 a 7 anos, durante sua atividade livre, no pátio de uma pré-escola. Os Ss são 256 crianças de classe média baixa, dividida por idade em 3 estágios: jardim I (4 a 5 anos), jardim II (5 a 6 anos) e pré-primário (6 a 7 anos). Faz os registros focais em vídeo (N=1200) com 10 meninos e 10 meninas de cada uma das 3 faixas etárias, por 10 sessões de 5 min. de observação de cada S, entre os anos de 1995 e 1996. Os resultados mostram que comportamentos de reconciliação ocorreram com uma freqüência constante em todas as faixas etárias. Confirmando estudos anteriores, verifica-se maior freqüência de agressão entre meninos e de aflição entre as meninas e uma passagem das formas físicas de agressão para formas mais verbais e ritualizadas. Aponta aumento de comportamentos reconciliatórios com a idade. A análise de 838 episódios de conflito, entre crianças de mesmo sexo e de sexo oposto aponta a importância de variável gênero: crianças em interação com sexo oposto apresentam menor agressão física e maior freqüência de ameaça; de outro lado, reconciliam-se com maior freqüência frente a oponentes do mesmo sexo. A ocorrência de comportamentos reconciliatórios promove a retomada de interações pacíficas entre os Ss. A participação de outras crianças num conflito aumentou com a idade e tomou formas tanto de coalizão como de apaziguamento. Mostra que a reconciliação se deixa modular pela interferência da professora, embora os resultados indiquem ser uma característica espontânea. (AU)