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(Referência obtida automaticamente do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores.)

Biomassa e atividade microbiana da serapilheira durante o desenvolvimento inicial de plantios puros e mistos de Eucalyptus grandis e Acacia mangium

Texto completo
Autor(es):
Daniel Bini [1] ; Aline Fernandes Figueiredo ; Mylenne Cacciolari Pinheiro da Silva [1] ; Rafael Leandro de Figueiredo Vasconcellos [1] ; Elke Jurandy Bran Nogueira Cardoso [2]
Número total de Autores: 5
Afiliação do(s) autor(es):
[1] Univ Sao Paulo, ESALQ, BR-05508 Sao Paulo - Brazil
[2] Univ Sao Paulo, ESALQ, Dept Soil Sci, BR-05508 Sao Paulo - Brazil
Número total de Afiliações: 2
Tipo de documento: Artigo Científico
Fonte: Revista Brasileira de Ciência do Solo; v. 37, n. 1, p. 76-85, 2013-02-00.
Resumo

A serapilheira é, muitas vezes, um compartimento negligenciado para avaliação e melhor entendimento do comportamento da atividade e biomassa microbiana em plantios florestais. Quase sempre, em estudos dessa natureza, os autores tentam encontrar explicações para o padrão de desenvolvimento de plantas e microrganismos, por meio da avaliação dos nutrientes minerais no solo. Entretanto, considerando-se a dinâmica de disponibilização desses nutrientes, a hipótese é que provavelmente ocorra maior relação entre o crescimento de plantas florestais e da atividade microbiana com os nutrientes presentes na serapilheira. Este estudo teve como objetivo avaliar a atividade e biomassa microbiana e o número mais provável de fungos e bactérias totais cultiváveis do solo e da serapilheira, numa segunda rotação de plantios puros e mistos de Eucalyptus grandis e Acacia mangium, manejados em cultivo mínimo, antes e após a deposição de folhas senescentes. Esses atributos foram relacionados com os teores totais de C, N, P e teor de lignina e polifenóis da serapilheira e C, N e P do solo. Antes da deposição de folhas senescentes, o C da biomassa microbiana da serapilheira foi 46 % maior que a biomassa microbiana do solo nos plantios de E. grandis. Após a deposição foliar, essa diferença diminuiu para 16 %. No entanto, o C da biomassa microbiana da serapilheira no plantio puro de A. mangium foi menor que qualquer um desses valores. Já o N da biomassa microbiana da serapilheira apresentou-se com grande potencial para estocar esse nutriente, sendo, em média, 94 % maior que o N da biomassa microbiana do solo nas duas épocas e em todos os plantios. Houve maior atividade microbiana na serapilheira que no solo. Além disso, o plantio misto e a monocultura de E. grandis com N apresentaram maior atividade microbiana, após a deposição foliar. O número mais provável de fungos e bactérias totais cultiváveis foi maior após a deposição, com maior representação na serapilheira; os fungos foram mais relacionados com os resíduos de E. grandis. De maneira geral, o plantio puro de A. mangium foi mais relacionado com altos teores de lignina e N na serapilheira, principalmente após a deposição foliar. Diferentemente, as monoculturas de E. grandis sempre tiveram relação com os maiores teores de C da serapilheira e de fenóis totais, após a deposição foliar, sendo negativamente relacionadas com os teores de C e N totais do solo. O plantio consorciado promoveu na serapilheira menores relações C:N e C:P e maiores teores de N, P e C da biomassa microbiana, sobretudo após a deposição foliar, o que demonstra a dinâmica desse compartimento. Esse fato pode favorecer melhor ciclagem de nutrientes em longo prazo, com estímulo à atividade microbiana do solo e da serapilheira e à sustentabilidade desse sistema de plantio. (AU)

Processo FAPESP: 10/16623-9 - Intensificação ecológica de plantações de eucaliptos pela associação com espécies leguminosas arbóreas fixadoras de nitrogênio
Beneficiário:José Leonardo de Moraes Gonçalves
Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Temático