Circunstâncias e conseqüências de quedas em idosos com vestibulopatia crônica

Autor(es)

Ganança, Fernando Freitas ; Gazzola, Juliana Maria ^[2] ; Aratani, Mayra Cristina ; Perracini, Monica Rodrigues ; Ganança, Maurício Malavasi

• Tipo de documento: Artigo Científico
• Fonte: Revista Brasileira de Otorrinolaringologia; v. 72, n. 3, p. 388-393, jun. 2006.
• Área do conhecimento: Ciências da Saúde - Medicina
• Assunto(s): Doenças do labirinto Doenças vestibulares Manifestações neurológicas Vertigem postural Tontura Acidentes por quedas Idosos

Resumo

Investigar as circunstâncias e conseqüências de quedas em idosos com vestibulopatia crônica e relacioná-las com o número de quedas (uma/ duas e mais quedas). Estudo transversal descritivo analítico com 64 pacientes com idade igual ou superior a 65 anos, com história de quedas e diagnóstico de disfunção vestibular crônica. Foram realizadas a análises descritivas e teste Qui-Quadrado, <0,05. A amostra apresentou maioria feminina (76,6%) e média etária de 73,62±5,69 anos. O exame vestibular evidenciou vestibulopatia periférica (81,5%) e as hipóteses diagnósticas prevalentes foram vertigem posicional paroxística benigna (43,8%) e labirintopatia metabólica (42,2%). Quedas recorrentes foram verificadas em 35 idosos (53,1%). Em relação à última queda, 39,1% sofreram a queda fora do domicílio, 51,6% das quedas ocorreram no período da manhã, 51,6% delas por mecanismo de propulsão, 53,1% durante a deambulação, 25,0% causadas por tontura e 23,4% por tropeço. A restrição das atividades foi significativamente maior nos pacientes que sofreram duas e mais quedas, quando comparados aos que sofreram uma queda (p=0,031). Foi encontrada associação significativa entre número de ocorrência de quedas e as causas da queda (p<0,001). A causa de queda por escorregamento é maior em idosos que referiram uma queda (p=0,026) e a causa de quedas por tontura teve maior ocorrência em idosos que referiram duas e mais quedas (p=0,001). O medo de queda e a tendência a quedas são referidos pela maioria dos idosos com vestibulopatia crônica. A queda é mais freqüente pela manhã, fora do domicílio e durante a deambulação. A direção propulsiva é referida pela metade dos idosos e as causas mais comuns das quedas são vertigem e tropeço. O número de quedas está associado à restrição das atividades após a última queda e às causas da queda (escorregamento e tontura). (AU)

• Processo FAPESP: 03/10119-3 - Descrição funcional do equilíbrio de idosos com disfunção vestibular crônica
• Beneficiário: Juliana Maria Gazzola
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado