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(Referência obtida automaticamente do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores.)

Violência sexual e associação com a percepção individual de saúde entre mulheres gestantes

Texto completo
Autor(es):
Nicole Moraes Rêgo De Aquino [1] ; Sue Yazaki Sun [2] ; Eleonora Menicucci de Oliveira [3] ; Marilia da Gloria Martins [4] ; Juliana de Fátima da Silva [5] ; Rosiane Mattar [6]
Número total de Autores: 6
Afiliação do(s) autor(es):
[1] Universidade Federal de São Paulo. Escola Paulista de Medicina - Brasil
[2] Unifesp. EPM. Departamento de Obstetrícia - Brasil
[3] Unifesp. Departamento de Medicina Preventiva - Brasil
[4] Universidade Federal do Maranhão. Hospital Materno Infantil - Brasil
[5] Unifesp - Brasil
[6] Unifesp. EPM. Departamento de Obstetrícia - Brasil
Número total de Afiliações: 6
Tipo de documento: Artigo Científico
Fonte: Revista de Saúde Pública; v. 43, n. 6, p. 954-960, 2009-12-04.
Área do conhecimento: Ciências da Saúde - Medicina
Assunto(s):Gravidez   Violência contra a mulher   Delitos sexuais
Resumo

OBJETIVO: Estimar a prevalência de histórico de violência sexual entre mulheres gestantes e sua associação com a percepção de saúde. MÉTODOS: Estudo transversal, com 179 mulheres maiores de 14 anos e grávidas de 14 a 28 semanas, entrevistadas em serviços públicos de saúde em São Paulo, SP, entre os anos de 2006 e 2007. Os instrumentos utilizados foram: inventário de violência sexual, inventário de dados sociodemográficos e questionário de qualidade de vida relacionada à saúde: "Medical Outcomes 12-Item Short-Form Health Survey" (SF-12®). Mulheres com e sem história de violência sexual foram comparadas quanto à idade, escolaridade, ocupação, estado civil, cor da pele e autopercepção de saúde física e mental. A violência sexual foi caracterizada em penetrativa ou não penetrativa. RESULTADOS: Houve prevalência de 39,1% de violência sexual entre as entrevistadas, sendo 20% do tipo penetrativo, cometida sobretudo por agressores conhecidos. Em 57% das mulheres a primeira agressão ocorreu antes dos 14 anos. Não houve diferenças sociodemográficas entre mulheres que sofreram e as que não sofreram violência sexual. Escores médios de percepção de saúde física entre as entrevistadas com antecedente de violência sexual foram menores (42,2; DP=8,3) do que das mulheres sem este antecedente (51,0; DP=7,5) (p<0,001). A percepção de saúde mental teve escore médio de 37,4 (DP=11,2) e 48,1 (DP=10,2) (p<0,001), respectivamente para os dois grupos. CONCLUSÕES: Houve alta prevalência de violência sexual entre as grávidas dos serviços de saúde avaliados. Mulheres com antecedente de violência sexual apresentaram pior percepção de saúde do que as sem esse antecedente. (AU)

Processo FAPESP: 06/52755-1 - Identificação de violência sexual durante o pré-natal e associação com a auto-percepção de saúde na gravidez
Beneficiário:Nicole Moraes Rego de Aquino
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado