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(Referência obtida automaticamente do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores.)

Estresse, ciclo reprodutivo e sensibilidade cardíaca às catecolaminas

Texto completo
Autor(es):
Ana Paula Tanno [1] ; Fernanda Klein Marcondes [2]
Número total de Autores: 2
Afiliação do(s) autor(es):
[1] UNICAMP. Faculdade de Odontologia de Piracicaba. Departamento de Ciências Fisiológicas
[2] UNICAMP. Faculdade de Odontologia de Piracicaba. Departamento de Ciências Fisiológicas
Número total de Afiliações: 2
Tipo de documento: Artigo Científico
Fonte: Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas; v. 38, n. 3, p. 273-289, 2002-09-00.
Resumo

O estresse representa a resposta do organismo a estímulos aversivos ou a situações desconhecidas, cuja finalidade é a adaptação do indivíduo à nova condição. O agente estressante pode ser físico, químico, emocional e social. Diferentes estressores estão presentes no cotidiano dos seres humanos e podem favorecer o desenvolvimento de doenças degenerativas e acelerar o processo de envelhecimento, afetando o funcionamento de todo o organismo. Os principais mediadores da reação de estresse são as catecolaminas (norepinefrina e a epinefrina) liberadas pelo sistema nervoso simpático e pela medula da glândula supra-renal, e os glicocorticóides liberados pelo córtex da supra-renal. As catecolaminas e os glicocorticóides iniciam eventos celulares que promovem mudanças adaptativas em células e tecidos, com a função de proteger o organismo e garantir a sua sobrevivência. Essa resposta a agentes estressores pode ser modificada pelas características do estímulo estressor e do indivíduo. Entre estas merecem destaque a idade, o sexo e, em fêmeas, a fase do ciclo reprodutivo. As variações nos níveis dos esteróides sexuais estradiol e progesterona, características do ciclo reprodutivo, modulam a secreção de CRH, ACTH e glicocorticóides que ocorrem na reação de estresse e estão envolvidos nas diferenças de resposta entre homens e mulheres. Vários estudos demonstraram que a exposição a estímulos estressores pode induzir alterações de sensibilidade às catecolaminas no tecido cardíaco, as quais têm sido relacionadas com processos adaptativos. Estas alterações incluem mudanças na atividade dos sistemas de metabolização das catecolaminas, na afinidade ou no número dos adrenoceptores, no acoplamento entre o receptor e a proteína G e em processos enzimáticos, que medeiam etapas intracelulares após a ativação do receptor. O estudo de tais alterações pode auxiliar na compreensão das alterações cardíacas observadas na espécie humana após exposição à água e à natação. (AU)

Processo FAPESP: 99/00793-1 - Relação entre alterações de sensibilidade adrenérgicas e o comportamento de ratos submetidos a estresse por natação: influência do sexo e do ciclo estral
Beneficiário:Fernanda Klein Marcondes
Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Regular
Processo FAPESP: 99/11442-5 - Mecanismos envolvidos nas alterações de sensibilidade adrenérgica induzidas por estresse: influência do ciclo estral
Beneficiário:Ana Paula Tanno
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado