A não-linearidade coclear: efeito nas emissões otoacústicas, no limiar diferencial de intensidade e na habilidade de resolução temporal

Resumo

Em situação confortável de escuta, como em ambiente silencioso, a sensibilidade normal para tons puros pode depender da atividade de apenas parte do conjunto de células ciliadas externas (CCE) e das respectivas fibras associadas a estas células. As emissões otoacústicas, por envolverem efeito de somação de ação das CCE, podem ser mais sensíveis a alterações iniciais na função coclear. Para avaliar com maior precisão o grau do comprometimento auditivo, informações sobre o limiar de emissões otoacústicas e o efeito de compressão coclear, ambos estimados pelas curvas de crescimento de emissões otoacústicas, e o perfil de comportamento do limiar diferencial de intensidade, podem contribuir para uma maior compreensão das alterações nas perdas auditivas. A motivação para este estudo foi derivada do interesse no conhecimento sobre a influência de alteração de células ciliadas externas sobre o comportamento do limiar diferencial de intensidade e, sobre o perfil das curvas de crescimento das emissões otoacústicas - produto de distorção, em indivíduos com e sem queixa auditiva. Objetivo: verificar as funções de compressão e não-linearidade de amplificação coclear, correlacionando o limiar diferencial de intensidade, o perfil das curvas de crescimento das emissões otoacústicas, e a habilidade de resolução temporal em indivíduos com e sem alteração auditiva. Metodologia : a casuística deste estudo será composta por um total de 90 indivíduos com idades entre 12 e 30 anos, 45 homens e 45 mulheres, compondo 3 grupos com 30 participantes (15 do gênero feminino e 15 do masculino) Grupo 1- com perda auditiva sensório neural leve; Grupo 2 - sem queixa auditiva e com limiares de até 15 dB nas freqüências de 250 a 8000 Hz; Grupo 3 - com diagnóstico de transtorno de processamento auditivo, porém com limiares de até 25 dB nas freqüências de 250 a 8000 Hz... (AU)