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Estudo sobre a ocorrência de filariose bancroftiana em Porto Velho, Rondônia, Brasil

Processo: 07/00848-9
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Regular
Data de Início da vigência: 01 de fevereiro de 2008
Data de Término da vigência: 31 de janeiro de 2010
Área do conhecimento:Ciências da Saúde - Medicina
Pesquisador responsável:Luís Marcelo Aranha Camargo
Beneficiário:Luís Marcelo Aranha Camargo
Instituição Sede: Instituto de Ciências Biomédicas (ICB). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Pesquisadores associados: Ana Rachel Vasconcelos de Lima ; Anderson Brandão Leite ; Caroline dos Anjos ; Cledson de Lima Mercês Júnior ; Eliana Maria Mauricio da Rocha ; Francisco Neudo Rebouças Chaves ; Gilberto Fontes ; Guilherme Angelo Vilela Faria ; Juliana de Souza Almeida Aranha Camargo ; Kaluan de Oliveira Costa ; Luana Janaína Souza Vera ; Paulo Henrique Bonassa
Assunto(s):Doenças transmissíveis  Filariose  Wuchereria bancrofti  Culex  Rondônia 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Culex quinquefasciatus | Epidemiologia | filariose | Rondônia | Wuchereria bancrofti | Doenças Infecciosas

Resumo

A filariose corresponde a um grupo de doenças associadas a helmintos do filo Nematoda, superfamília Filarioidea. No Brasil, podemos encontrar parasitas das espécies Wuchereria bancrofti, Onchocerca volvulus e Mansonella ozzardi, que parasitam humanos, causando variadas formas clínicas da doença. A primeira é transmitida por dípteros do gênero Culex, enquanto as duas últimas por mosquitos simulídeos (borrachudo) e ceratopogonídeos (mosquito pólvora). Enquanto as duas últimas filarioses são mais freqüentes nas áreas ribeirinhas, a filariose bancroftiana, objeto deste estudo, ocorre em áreas urbanas, tendo sido registrada, na década de 1950, em várias cidades brasileiras como Manaus, Belém, Recife, Maceió, Salvador, entre outras (Rachou, 1960). A Wuchereria bancrofti, causadora da filariose linfática, é endêmica em varias regiões do mundo com clima tropical e subtropical. Estima-se que aproximadamente 800 milhões de pessoas vivem em áreas de risco de contrair a infecção, em 83 países, sendo que 106 milhões estão infectados pela W. bancrofti (WHO, 2000). É uma enfermidade negligenciada, sendo prevalente em populações de baixo nível sócio-econômico, carentes em saneamento e água tratada. As condições precárias de urbanização de Porto Velho, a existência do vetor em potencial e a similaridade com as outras cidades amazônicas com história de bancroftose no passado, levam a crer na possibilidade de ocorrência desta helmintose também na capital de Rondônia. Metodologia Área de estudo: serão abordados os bairros periféricos de Porto Velho, às margens do rio Madeira (Baixa da União, Nacional e Belmont). Será realizado reconhecimento geográfico da área, o tamanho amostral será calculado após o mapeamento dos bairros, considerando-se como unidade amostral o domicílio, e uma prevalência empírica de 1%, uma perda amostral de 20%, erro de 5% e power de 80%, calculado pelo programa EpiInfo 6.01. Determinação da Prevalência Humana de Microfilarêmicos. As amostras de sangue serão colhidas entre 22h e 1 h, nos domicílios dos pacientes, duas vezes na semana. Será utilizado o método de gota espessa obedecendo à técnica padrão, após o processo serão devidamente embaladas e conduzidas para Universidade Federal de Alagoas. No Laboratório da UFAL, a GE de sangue será corada. As lâminas serão examinadas em microscópio óptico na objetiva de 10X e 40x. Captura e Identificação de insetos vetores e pesquisa de larvas de W.bancroftiColeta dos insetos: Serão coletados insetos ingurgitados (xenomonitoramento) dentro das residências, selecionadas aleatoriamente nas áreas definidas (8h00 às 10h00). Os insetos serão colocados em gaiolas especiais com malha fina, separados de acordo com o local e data da coleta, levados ao laboratório para s estudos.Classificação entomológica e separação dos insetos: As fêmeas de Culex quinquefasciatus capturadas serão examinadas, pois são vetores da Wuchereria bancrofti. Os insetos separados serão acondicionados em tubos e congelados a -20oC, para posterior exame pela PCR. Reação em Cadeia da Polimerase (PCR): O sistema de PCR a ser utilizado é baseado na amplificação de um fragmento gênico repetitivo de W. bancrofti, a seqüência denominada Sspl de 188 bp (ZHONG et al. 1996). O procedimento técnico foi previamente padronizado em nossas condições, sendo o DNA extraído de acordo com o método descrito por VASUKI et al. (2003). Análise e validação dos dados: uma vez que o ensaio pela PCR não é quantitativo, não será possível determinar quantas larvas de W. bancrofti e seus respectivos estádios de desenvolvimento, existem em cada amostra de mosquitos analisados. No entanto, será estimada a prevalência de infecção vetorial com auxílio do programa Poolscreen; (KATHOLI et al., 1995). A validação do xenomonitoramento será feita comparando os resultados obtidos com os dados de antigenemia e microfilaremia dos indivíduos da área endêmica estudada. (AU)

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Publicações científicas
(Referências obtidas automaticamente do Web of Science e do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores)
RODOLFO LUÍS KORTE; GILBERTO FONTES; JULIANA DE SOUZA ALMEIDA ARANHA CAMARGO; ELIANA MARIA MAURÍCIO DA ROCHA; EDICARLOS ANDRÉ CAVALCANTE DE ARAÚJO; MARCELO ZAGONEL DE OLIVEIRA; RAFAEL VITAL DOS SANTOS; LUÍS MARCELO ARANHA CAMARGO. Survey of Bancroftian filariasis infection in humans and Culex mosquitoes in the western Brazilian Amazon region: implications for transmission and control. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v. 46, n. 2, p. 214-220, . (07/00848-9)