Apraxia de fala e apraxia não-verbal na Doença de Alzheimer

Resumo

O aumento da expectativa de vida ocasionou maior ocorrência de doenças neurodegenerativas e, em especial, da doença de Alzheimer (DA), que é o tipo de demência mais freqüente. O diagnóstico da DA baseia-se no quadro clínico e na exclusão de outras causas de demência e só é confirmado por exames neuropatológicos. Assim, a avaliação clínica é de extrema importância para o diagnóstico precoce. Revisando-se a literatura sobre a emissão oral de indivíduos com DA, observa-se um predomínio de estudos sobre a linguagem, porém há poucos referentes à fala. A literatura descreve que a DA cursa com apraxia, porém a apraxia verbal e a não verbal, em geral, não são estudadas. Alterações práxicas buco-faciais podem interferir nos movimentos fonoarticulatórios, desta forma, observa-se a importância da investigação destas alterações nestes quadros. Uma melhor caracterização das apraxias de fala e não verbal em indivíduos com DA poderá auxiliar na avaliação, no diagnóstico e na reabilitação destes quadros. Desta forma, o objetivo deste estudo será verificar a apraxia de fala e a apraxia não-verbal em indivíduos com DA. A amostra será composta por 90 indivíduos com DA: 30 em fase leve, 30 moderada e 30 grave. Para a avaliação da apraxia de fala e não-verbal serão utilizados as tarefas de agilidade oral do Teste de Boston para o Diagnóstico da Afasia, em que o desempenho dos sujeitos com DA será comparado ao da população normal, e o Protocolo de Avaliação da Apraxia Verbal e Não-verbal. O desempenho dos sujeitos será analisado quantitativa e qualitativamente. Após a obtenção e análise dos dados, os desempenhos dos grupos serão comparados e será realizado o tratamento estatístico adequado. (AU)