Avaliação da bioacessibilidade de elementos do grupo da platina e chumbo em solos urbanos por ET AAS

Resumo

Uma das principais fontes PGEs em áreas urbanas, é o tráfego de automóveis, equipados com catalisadores. Embora esses conversores catalíticos desempenhem um papel vital na redução da emissão de substâncias nocivas, existe uma preocupação crescente com os PGEs emitidos no processo de conversão dos poluentes, uma vez que ainda não são bem conhecidos os possíveis efeitos colaterais destes contaminantes emergentes ao homem. A contaminação dos PGEs ocorre inicialmente no transporte pelo ar da matéria particulada, poeira das estradas, solos, águas, etc; os quais finalmente resultam em bioacumulação destes elementos em organismos vivos através de diversos caminhos. O chumbo é um metal não essencial ao organismo e pode ser acumulado primeiramente em tecidos moles, e posteriormente nos ossos. Frequentemente usado como indicador de poluição, à medida que é liberado em atividades industriais, pode sofrer transformações no meio ambiente. Entre as manifestações clínicas da intoxicação por chumbo estão náuseas, desorientação, irritabilidade, diminuição das funções intelectuais, problemas escolares em crianças, transtornos de comportamento, etc. Este projeto tem por meta investigar a acumulação de Pt, Rh, Pd e Pb em solos urbanos (praças e canteiros centrais de avenidas movimentadas) com o intuito de estimar os riscos para o meio ambiente e seres humanos. A avaliação de risco será investigada através de estudos de bioacessibilidade destes metais em solos, com testes in vitro, simulando as condições físico-químicas das soluções encontradas no estômago e no duodeno humano. A granulometria também será considerada através da determinação total dos analitos e de suas respectivas bioacessibilidades nas diferentes frações do solo. Este estudo permitirá avaliar os riscos de contaminação de PGEs como poluentes emergentes, através do monitoramento e avaliação de Pd, Pt, Rh e Pb no meio ambiente, mais especificamente, em solos urbanos. A avaliação de bioacessibilidade destes metais informará se a exposição a estes solos ou de suas poeiras implicará em absorção pelo organismo humano, especialmente em crianças que são mais suscetíveis. (AU)