Eficácia in vitro e in vivo de óleos essenciais de plantas no controle de I. multifiliis em pacu (Piaractus mesopotamicus)

Resumo

A intensificação da aquicultura acarreta em entraves que afetam o status sanitário da produção, sendo este um dos principais fatores para o aumento das parasitoses em peixes. Os ectoparasitos estão entre os principais patógenos da piscicultura intensiva, pois apresentam grande facilidade de infestação, adaptabilidade ao meio e um ciclo de vida, em muitos casos, direto. Estes patógenos podem ocasionar perda na produtividade, causar lesões irreversíveis, facilitar a instalação de agentes oportunistas e levar o hospedeiro à morte. As formas de controle utilizadas contra os ectoparasitos ainda são pouco eficientes na aquicultura, parte desta ineficiência está na utilização de parasiticidas com grande potencial tóxico ao meio ambiente e organismos vivos não alvos. A utilização de produtos naturais como forma de tratamento é descrita a milhares de anos, e pode ser utilizada com sucesso na aquicultura. Entre os produtos naturais mais conhecidos estão os fitoterápicos que apresentam substâncias com grande potencial antimicrobiano, além de outras propriedades benéficas a seus usuários. Desta forma, pretendemos avaliar as propriedades químicas de quatro óleos essenciais de plantas (Melaleuca alternifolia, Lavandula angustifolia, Mentha piperita e Allium sativum), além de respectiva eficácia in vitro contra o protozoário de peixe I. multifiliis, e utilização in vivo do óleo essencial com melhor eficácia in vitro. (AU)