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Forros e cativos: normas, práticas e concepções do trabalho livre e escravo no Maranhão e Grão-Pará (1680-1798)

Processo: 16/12975-4
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de setembro de 2016
Data de Término da vigência: 30 de junho de 2017
Área de conhecimento:Ciências Humanas - História - História do Brasil
Pesquisador responsável:Silvia Hunold Lara
Beneficiário:Camila Loureiro Dias
Instituição Sede: Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:13/21979-5 - Entre a escravidão e o fardo da liberdade: os trabalhadores e as formas de exploração do trabalho em perspectiva histórica, AP.TEM
Assunto(s):Período Colonial (1500-1822)   Trabalho escravo   Trabalho forçado   População indígena   Africanos   Maranhão
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Escravidão | História Indígena | Maranhão e Grão-Pará | politica indigenista | Trabalho Forçado | Trabalho Livre | História do Brasil Colonial

Resumo

Até meados do século XVIII, o trabalho na região amazônica era sobretudo realizado por índios, livres ou escravos, e por apenas alguns poucos africanos. As mulheres representavam 60% do total de escravos indígenas e, somadas às crianças (meninos até quatorze anos), chegava-se a 82% do contingente. Isso não significa que índios homens adultos não trabalhassem. Nossa hipótese é a de que havia formas distintas de trabalho, entre livre e escravo, indígena e africano, masculino e feminino, que, além de coexistirem, eram complementares. Por isso, interessa-nos, neste projeto, aprofundar o conhecimento do universo do trabalho na região amazônica durante o período colonial. Por meio da análise de documentação variada (legislação, crônicas, relatos e documentação administrativa) pretende-se, em primeiro lugar, mapear e descrever as formas de exploração do trabalho, nessa região, e apreender a maneira como ele se organizava. Em segundo lugar, busca-se apreender a variada gama de situações entre trabalho livre e escravo, tanto em termos jurídicos quanto na vivência e percepção dos próprios agentes, fossem eles juízes, administradores leigos e religiosos ou os próprios trabalhadores, cativos e forros, índios, negros, mulatos e mamelucos. A pesquisa deve abranger dois períodos: primeiro, do final do século XVII até a primeira metade do XVIII, especialmente durante o auge da escravização das populações indígenas; em seguida, o momento em que escravos africanos começaram a desembarcar de modo sistemático na região, modificando, portanto, as relações de trabalho; no âmbito desse segundo período, há que se destacar a transição, marcada pela administração de Mendonça Furtado, irmão de Pombal (1751-1757). Trata-se, portanto, de compreender a maneira como o trabalho indígena e africano, livre e escravo foi gerido, antes e depois de sua chegada e, por outro lado, os limites entre trabalho livre e escravo, em termos jurídicos e na percepção de senhores e trabalhadores, também nesses dois momentos distintos. (AU)

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Publicações científicas
(Referências obtidas automaticamente do Web of Science e do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores)
CAMILA LOUREIRO DIAS. Os índios, a Amazônia e os conceitos de escravidão e liberdade. Estudos avançados, v. 33, n. 97, p. 235-252, . (16/12975-4)