Validação de marcadores de transformação maligna para carcinoma de células escamosas oral por meio de imaging mass cytometry e proteômica baseada em alvos

Resumo

O carcinoma espinocelular (CEC) oral é uma neoplasia maligna com altas taxas de morbidade e mortalidade. Desordens orais potencialmente malignas, como leucoplasia oral (LO) e leucoplasia verrucosa proliferativa (LVP) são lesões precursoras de CEC oral. Entender o processo de malignização dessas lesões pode antecipar o diagnóstico de CEC oral, melhorar o prognóstico e trazer oportunidades terapêuticas. Interessantemente, em estudo recente do nosso grupo (dos Santos e colaboradores, 2020, não publicado), por meio da proteômica baseada em descoberta, foi possível indicar um painel de potenciais assinaturas moleculares nos fluidos lacrimais de pacientes com LO, LVP, CEC oral que apresentaram correlação com o consumo excessivo de álcool, alterações no sistema imunológico e com características associadas à malignização, como a presença de displasia epitelial. Para que esses alvos sejam utilizados na prática clínica, é fundamental que eles sejam validados em coortes independente de pacientes. Para isso, nesse estudo, propomos verificar um painel de potenciais marcadores de malignização utilizando duas abordagens para quantificação de proteínas selecionadas em pacientes LO, LVP, CEC oral e controle saudável: (1) análise por proteômica dirigida de 2 alvos nos fluidos lacrimais; (2) análise por imaging mass cytometry multiplex em tecidos embebidos em blocos de parafina. Esse projeto translacional tem o objetivo de indicar marcadores moleculares capazes de antecipar o diagnóstico do câncer de boca, melhorar o prognóstico, aumentar a sobrevida assim como correlacionar com o perfil imunológico dos pacientes.