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Biodisponibilidade e bioacessibilidade de pesticidas e hidrocarbonetos aromáticos policíclicos em alimentos: avaliação de risco à saúde pública e criação de ferramenta risco-benefício para consumidores brasileiros

Processo: 23/11634-2
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Projeto Geração
Data de Início da vigência: 01 de setembro de 2023
Data de Término da vigência: 31 de agosto de 2024
Área de conhecimento:Ciências da Saúde - Farmácia - Análise Toxicológica
Pesquisador responsável:Marília Cristina Oliveira Souza
Beneficiário:Marília Cristina Oliveira Souza
Instituição Sede: Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP). Universidade de São Paulo (USP). Ribeirão Preto , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:22/06443-0 - Biodisponibilidade e bioacessibilidade de pesticidas e poluentes legados em alimentos: avaliação de risco à saúde pública e criação de ferramenta risco-benefício para consumidores brasileiros, AP.GR
Assunto(s):Toxicologia de alimentos   Biodisponibilidade   Avaliação de risco à saúde humana   Segurança alimentar   Agrotóxicos   Hidrocarbonetos policíclicos aromáticos   Bioacessibilidade
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:bioaccessibility | Bioavailability | Food Safety | Pesticides | polycyclic aromatic hydrocarbons | Risk assessment | Toxicologia de Alimentos

Resumo

Ao longo dos anos, vem ocorrendo um aumento potencial na industrialização, nas práticas agrícolas e na produção animal visando atender à crescente demanda por alimentos, devido ao aumento do tamanho populacional no mundo. Em geral esse aumento não está associado ao fornecimento de alimentos isentos de poluentes. No Brasil, a agricultura é um dos principais pilares econômico com crescimento exponencial nos últimos anos. O intenso uso de praguicidas, principalmente o glifosato, 2,4-D e a atrazina, constituem um importante fator na viabilização dessa grande produtividade agrícola, e em contra partida, torna o país um dos maiores consumidores de praguicidas do mundo. Resíduos de praguicidas e outros poluentes ambientais, como hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (HPAs), tem sido frequentemente detectados em alimentos e atualmente vem se tornando motivo de grande preocupação para a saúde humana e ambiental. Os praguicidas são aplicados rotineiramente nas plantas para controlar pragas e melhorar o rendimento agrícola, por outro lado, contaminam o meio ambiente aumentando a exposição humana. Os HPAs são substâncias orgânicas que a população também está altamente exposta, uma vez que esses compostos são onipresentes, persistentes ambientais e considerados a principal classe que contribui para a poluição global através da atividade humana em áreas urbanas. Nesse sentido, a adoção de programas de avaliação sistemática da composição química dos alimentos que compõem a dieta básica de uma determinada população é de fundamental importância para garantir sua segurança alimentar. Em todo o mundo, o desenvolvimento de valores toxicológicos de referência em alimentos é uma área de pesquisa científica em crescimento, mas no Brasil, esses dados ainda são escassos. A exposição humana a esses compostos reflete uma exposição combinada através de várias vias, e muitos estudos mostram que a ingestão oral é uma via muito importante para muitos poluentes orgânicos. Apesar disso, a maioria dos estudos que avaliam a exposição humana a poluentes por ingestão oral não consideram os processos complexos de absorção no trato gastrointestinal, biodisponibilidade absoluta ou biodisponibilidade relativa. Dessa forma, a omissão do fator de absorção superestimaria ou subestimaria a exposição humana e os riscos à saúde associados. Nesse contexto, tanto os estudos de biodisponibilidade quanto os de bioacessibilidade têm objetivo de fornecer uma avaliação de risco à saúde mais realista, medindo a porção de uma determinada substância liberada dos alimentos por meio da digestão. A partir disso, é possível estimar o consumo diário real de poluentes pela população. Diante do exposto, a presente proposta tem como objetivo principal determinar os níveis de diferentes classes de praguicidas e HPAs em alimentos provenientes das cinco regiões do Brasil, e avaliar a biodisponibilidade e bioacessibilidade desses poluentes orgânicos por meio de abordagens in vivo e in vitro. Além disso, o projeto também objetiva calcular as doses de exposição a essas duas classes de compostos por brasileiros por meio da alimentação, e fornecer uma avaliação de risco frente a essas exposições. O presente estudo pretende atender a uma necessidade do Brasil de garantir a segurança alimentar de nossa população por meio do amplo conhecimento da qualidade dos alimentos quanto à presença de poluentes ambientais, bem como fornecer subsídios para futuros programas de saúde pública no âmbito toxicológico. (AU)

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