Pólen do Cajueiro: uma fonte de moléculas IgE-reativas

• Processo: 19/10377-0
• Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Publicações científicas - Artigo
• Data de Início da vigência: 01 de junho de 2019
• Data de Término da vigência: 30 de novembro de 2019
• Área do conhecimento: Ciências Biológicas - Imunologia
• Pesquisador responsável: Keity Souza Santos
• Beneficiário: Keity Souza Santos
• Instituição Sede: Faculdade de Medicina (FM). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Assunto(s): Alergia e imunologia Brasil
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: aeroallergens | Brazil | novel allergens | pollinosis | proteome | shotgun analysis | Alergia e Imunologia

Resumo

A polinose é uma doença subdiagnosticada e raramente estudada em países tropicais. O pólen do cajueiro já foi reportado como uma fonte de alérgenos, embora o conhecimento de suas moléculas IgE-reativas. Portanto, este trabalho teve como objetivo identificar moléculas IgE-reativas e fornecer um perfil proteômico deste pólen. Das 830 proteínas identificadas pela análise shotgun, 163 foram anotadas para Gene Ontology e uma lista de 39 proteínas filtradas por alta confiança foi submetida à base de dados da Allfam, onde nove foram alocadas para famílias alergênicas. Assim, foram selecionados 12 pacientes do Nordeste do Brasil com rinite alérgica persistente e agravamento dos sintomas durante a época de floração do cajueiro. Usando uma abordagem proteômica, foram identificadas 20 proteínas IgE-reativas, 4 já reconhecidas como alérgenos, incluindo um homólogo da isoflavona redutase Bet v 6. A reatividade da IgE contra o extrato na forma nativa foi confirmada para 5 pacientes em ELISA, sendo 3 positivos para Bet v 6. Aqui, apresentamos um grupo de pacientes com rinite expostos ao pólen de caju com a primeira descrição de proteínas IgE-reativas e um perfil proteômico do pólen. O pólen do cajueiro é considerado um importante fator desencadeante dos sintomas da rinite na prática clínica no Nordeste do Brasil e a elucidação de suas moléculas alergênicas pode melhorar o diagnóstico e o tratamento de pacientes alérgicos. (AU)