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Dieta cetogênica e epilepsia: uma abordagem nutricional focada na modulação morfofuncional do eixo cérebro-intestino e seus aspectos lipídicos, oxidativos e inflamatórios

Processo: 20/03529-6
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Regular
Data de Início da vigência: 01 de fevereiro de 2021
Data de Término da vigência: 31 de julho de 2023
Área do conhecimento:Ciências da Saúde - Nutrição - Bioquímica da Nutrição
Pesquisador responsável:Nágila Raquel Teixeira Damasceno
Beneficiário:Nágila Raquel Teixeira Damasceno
Instituição Sede: Faculdade de Saúde Pública (FSP). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Pesquisadores associados:Carla Alessandra Scorza Bahi ; Christian Hoffmann ; Debora Levy ; Geni Rodrigues Sampaio ; Lionel Fernel Gamarra Contreras ; Sayuri Miyamoto
Assunto(s):Dieta cetogênica  Epilepsia  Metabolismo dos lipídeos  Microbiota  Oxidação  Neurociências 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Dieta Cetogênica | epilepsia | metabolismo lipídico | Microbiota | Oxidação | Neurociência

Resumo

A epilepsia é a doença neurológica mais frequente no âmbito pediátrico. Classicamente, a politerapia farmacológica é o tratamento mais bem aceito e com os melhores resultados clínicos, entretanto, cerca de 30% dos pacientes apresentam resistência a esse tratamento. Desde a década de 20 do século passado, a Deita Cetogênica (DC) formada por cerca de 90% de gorduras tem se apresentando com um tratamento eficaz no controle das crises convulsivas de pacientes fármaco resistentes. Apesar de sua eficácia, a DC tem mostrado impacto negativo no risco cardiometabólico de pacientes, onde a dislipidemia, os processos inflamatórios e oxidativos constituem importantes efeitos adversos. Estudos têm mostrado que a modulação do perfil de ácidos graxos pode reduzir esses efeitos adversos, sem redução na eficácia clínica. Diante do exposto, o objetivo da presente proposta é avaliar, por meio de modelo experimental de indução de epilepsia, o impacto da DC contendo diferentes perfis de ácidos graxos sobre o eixo cérebro-intestino, tendo como foco marcadores lipídicos, oxidativos e inflamatórios. Após 50 dias de indução da epilepsia (lítio-pilocarpina, 30/300, mg/mg) e 3 meses de monitoramento, 60 ratos Wistar P40 machos serão distribuídos nos seguintes grupos: controle positivo (GC-R[+] ou G1) receberá uma ração padrão para ratos e terá indução ao estado epiléptico pela lítio-pilocarpina; controle negativo (GC-R[-] ou G2) receberá uma ração padrão para ratos, porém não terá indução ao estado epiléptico; DC Clássica (DCC-R[+] ou G3) receberá a DC Clássica contendo 90% de gorduras; DC PUFAS (DCP-R[+] ou G4) receberá uma DC modificada no perfil de ácidos graxos (DC PUFAS); DC Clássica w3 (25 mg de DHA/kg de peso corpóreo; DCCW-R[+] ou G5) receberá a DC Clássica suplementada com ômega 3 e, DC PUFAS w3 (DCPW-R[+] ou G6) receberá a DC PUFAS suplementada com ômega 3. Ao longo desse período o consumo de ração, ganho de peso e geração de corpos cetônicos serão avaliados semanalmente. O número de crises (escala Racine) e atividade motora e de marcha (sistema de laser infravermelho Actimeter LE 8825 e Catwalker) também serão avaliados em intervalos semanais utilizando videomonitoramento. Nos momentos basal e T90 dias os animais serão mantidos em gaiolas metabólicas visando a coleta das fezes para posterior análise da microbiota intestinal (17S), perfil lipidômico (LC-MS/MS) e análise histopatológica (H/E). A partir do plasma serão monitorados os seguintes biomarcadores: ácidos graxos eritrocitários (CG/MS), corpos cetônicos (B-hidroxibutirato), perfil lipídico e lipoproteico (colesterol total, LDL-c, HDL-c, triglicerídeos, Apo AI, Apo B) e ácidos graxos não esterificados (NEFAS). O cérebro será removido da calota craniana e após tratamentos adequados serão realizadas as seguintes análises: perfil de ácidos graxos (CG/MS), análise lipidômica (LC-MS/MS), expressão e síntese de citocinas neuroinflamatórias (BDNF e MNDA, IL1b, IL6, IL8, IFN gama), TNF-a e anti-inflamatória (IL10), e análise histopatológica (H/E) e marcadores de oxidação (LDLox, ORAC, Lag time). Fragmentos intestinais serão ressecados para realização de análises de marcadores oxidativos (LDLox, ORAC, Lag time), inflamatórios e integridade da barreira intestinal (LPS, FBAP e litostamina 1-beta). (AU)

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