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A saliva do mosquito Aedes aegypti melhora a lesão hepática induzida por acetaminofeno em camundongos

Processo: 21/00271-0
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Publicações científicas - Artigo
Vigência: 01 de março de 2021 - 31 de agosto de 2021
Área do conhecimento:Ciências Biológicas - Parasitologia - Entomologia e Malacologia de Parasitos e Vetores
Pesquisador responsável:Anderson de Sá Nunes
Beneficiário:Anderson de Sá Nunes
Instituição Sede: Instituto de Ciências Biomédicas (ICB). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Aedes aegypti  Imunomodulação  Saliva  Entomologia médica 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Aedes aegypti | Apap | bioactive molecules | drug-induced liver injury | immunomodulation | saliva | Entomologia Médica

Resumo

A overdose de acetaminofeno (N-acetil-p-aminofenol, APAP) é a causa mais comum de lesão hepática induzida por drogas (DILI). Embora o dano hepático primário seja induzido por intermediários tóxicos derivados de APAP, resultantes do metabolismo do citocromo P450, os componentes imunológicos também desempenham um papel importante na fisiopatologia da DILI. A saliva do mosquito Aedes aegypti é uma fonte de moléculas bioativas com atividades anti-inflamatórias e imunomoduladoras in vitro. No entanto, ainda são escassas as evidências sobre o uso terapêutico das preparações salivares de Ae. aegypti em modelos animais de condições de relevância clínica. Assim, o presente estudo foi desenhado para avaliar o papel protetor da saliva de Ae. aegypti em um modelo murino de DILI induzida por APAP. Camundongos C57BL/6 foram expostos a picadas de mosquitos Ae. aegypti 2 horas após overdose de APAP. Parâmetros bioquímicos e imunológicos foram avaliados em amostras de sangue e fígado em diferentes momentos após a administração de APAP. A exposição à saliva de Ae. aegypti atenuou os danos ao fígado, conforme demonstrado pela redução da necrose hepática e dos níveis séricos de alanina aminotransferase em camundongos sob overdose de APAP. Os níveis de CYP2E1 hepático, a principal enzima responsável pela bioativação de APAP, não foram alterados nos animais expostos ao Ae. aegypti, sugerindo que a geração de metabólitos hepatotóxicos não é afetada. Por outro lado, camundongos tratados com a saliva de Ae. aegypti após overdose de APAP apresentaram menor concentração sérica de TNF-alfa, IL-6, IL-1beta e IL-10, além de redução na frequência de populações de células inflamatórias no fígado, como células NKT, macrófagos e células dendríticas. Essas descobertas mostram que a saliva de A. aegypti possui moléculas bioativas com propriedades terapêuticas e pode representar uma fonte prospectiva de novos compostos no tratamento de doenças inflamatórias associadas à DILI e, possivelmente, muitas outras doenças inflamatórias/autoimunes. (AU)

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