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A ausência de atividade trombina símile em Bothrops erythromelas é devido à deleção do gene da enzima trombina símile

Processo: 21/04503-3
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Publicações científicas - Artigo
Data de Início da vigência: 01 de junho de 2021
Data de Término da vigência: 30 de novembro de 2021
Área do conhecimento:Ciências Biológicas - Bioquímica - Biologia Molecular
Pesquisador responsável:Nancy Oguiura
Beneficiário:Nancy Oguiura
Instituição Sede: Instituto Butantan. Secretaria da Saúde (São Paulo - Estado). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Bothrops  Genes  Venenos de serpentes  Toxicologia 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:atividade trombina símile | bothrops | gene | polimorfismo de veneno | Serino Protease | veneno de serpente | Toxinologia

Resumo

Enzimas trombina símiles de venenos de serpentes (SVTLEs) são serino proteases que coagulam fibrinogênio. SVTLEs estão presentes principalmente em venenos de serpentes da família Viperidae, incluindo as serpentes viperídeas. Serpentes do gênero Bothrops estão distribuídas pelas Américas do Sul e Central e são responsáveis pela maioria dos envenenamentos causados por serpentes. A maioria das serpentes Bothrops possuem atividade trombina símiles nos seus venenos, mas tem sido mostrado que algumas espécies não apresentam esta atividade. Neste trabalho, para entender o polimorfismo das SVTLEs nos venenos das serpentes Bothrops, nós estudamos amostras de duas espécies de importância médica no Brazil: Bothrops jararaca, distribuída no Sudeste brasileiro, que apresenta atividade coagulante no plasma e fibrinogênio, e a Bothrops erythromelas, encontrada no Nordeste brasileiro, que não possui atividade coagulante direta no fibrinogênio, mas mostra atividade coagulante no plasma. A estrutura gênica da SVTLE na B. jararaca é similar à da B. atrox, composta por cinco exons. Nós não conseguimos amplificar sequências SVTLE do DNA da B. eryhromelas, exceto um pseudogene incompleto. Estes genes apresentaram seleção positiva em alguns códons, levando a uma diversificação da sequência aminoacídica, a maioria no exon 2. A árvore filogenética, construída utilizando sequências codificantes, confirma que estas estão relacionadas à família quimotripsina/calicreína. Curiosamente, nós encontramos um indivíduo B. jararaca cujo veneno não apresentava atividade trombina símile, mas sua sequência gênica apresentava a estrutura SVTLE contendo mutações sem sentido e que causavam alteração de leitura. Nossos resultados indicam uma associação da falta de atividade trombina símile nos venenos de B. jararaca e B. erythromelas com mutações e deleções nos genes das SVTLEs. (AU)

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