| Processo: | 22/10775-9 |
| Modalidade de apoio: | Auxílio à Pesquisa - Regular |
| Data de Início da vigência: | 01 de agosto de 2023 |
| Data de Término da vigência: | 31 de julho de 2025 |
| Área do conhecimento: | Ciências Agrárias - Agronomia - Fitossanidade |
| Pesquisador responsável: | Vitor Manuel Cardoso Figueiredo Balcão |
| Beneficiário: | Vitor Manuel Cardoso Figueiredo Balcão |
| Instituição Sede: | Pró-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa, Extensão e Inovação. Universidade de Sorocaba (UNISO). Sorocaba , SP, Brasil |
| Pesquisadores associados: | Aline Maria da Silva ; José Martins de Oliveira Junior ; Marta Maria Duarte Carvalho Vila |
| Assunto(s): | Biotecnologia Bacteriófagos Controle biológico Nanoencapsulação Mancha anular do cafeeiro Pseudomonas syringae Cancro (doença de planta) |
| Palavra(s)-Chave do Pesquisador: | Bacteriófagos | biocontrole | garcae | Mancha aureolada do cafeeiro | nanoencapsulação | Pseudomonas syringe pv | Terapia Fágica | Biotecnologia Microbiana |
Resumo
O cancro do cafeeiro, ou mancha aureolada, é uma doença causada pela bactéria fitopatogénica Pseudomonas syringae pv. garcae (Psg), tendo sido constatada pela primeira vez em 1955, na região de Garça, no Estado de São Paulo, e a qual se tem destacado na cafeicultura brasileira nos últimos anos, levando a graves perdas económicas que afetam seriamente o comércio de café. Esta doença de natureza bacteriana era mais comum nas regiões cafeeiras mais frias, como os estados do Paraná e São Paulo, porém, nos últimos anos tem-se constatado também nas zonas cafeeiras do Cerrado Mineiro (Triângulo e Alto Paranaíba), Sul de Minas e áreas de elevada altitude das Matas de Minas. Apresenta maior severidade, em sua maioria, em lavouras novas, com até 4 anos, mas lavouras velhas que foram podadas e viveiros de mudas podem ser igualmente altamente vulneráveis. Os tratamentos disponíveis para esta doença ainda são escassos, com os mais comuns a envolverem pulverização frequente dos cafezais com derivados de cobre, em especial hidróxido de cobre e oxicloreto de cobre, assim como o antibiótico kasugamicina. No entanto, estas formulações de cobre devem ser evitadas devido à sua alta toxicidade e ao desenvolvimento de resistências pelas bactérias a este metal. O desenvolvimento de resistência aos antibióticos usados no tratamento de infecções por fitopatógenos também tem sido uma realidade. Assim, é essencial desenvolver novas abordagens para controlar a Psg, que reduziriam o aparecimento de bactérias resistentes e, ao mesmo tempo, permitiriam uma produção agrícola sustentável sem recurso a produtos tóxicos para o ambiente. Este projeto de pesquisa tem como objetivo desenvolver e estabelecer uma abordagem altamente eficaz para combater e prevenir a ocorrência do cancro do cafeeiro, doença vulgarmente conhecida como mancha-aureolada do cafeeiro. Para atingir esse objetivo, propõe-se o uso de vírus específicos de bactérias (bacteriófagos) para eliminar o agente causador desta doença que é responsável por perdas económicas substanciais no Brasil e em todo o mundo, o fitopatôgeno Psg. No meu melhor conhecimento, esta será a primeira tentativa para desenvolver e aplicar a terapia fágica no controlo desta importante doença agrícola, sendo que a indústria de produção de café irá beneficiar desta tecnologia verde, o que contribuirá para um crescimento sustentável num mercado altamente globalizado. (AU)
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