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Perfil da doença causada pelo coronavírus e associação com a asma como fator de proteção contra a morte: um estudo epidemiológico do Brasil durante a pandemia

Processo: 23/06246-3
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Publicações científicas - Artigo
Data de Início da vigência: 01 de agosto de 2023
Data de Término da vigência: 31 de janeiro de 2024
Área do conhecimento:Ciências da Saúde - Medicina
Pesquisador responsável:Fernando Augusto de Lima Marson
Beneficiário:Fernando Augusto de Lima Marson
Instituição Sede: Universidade São Francisco (USF). Campus Bragança Paulista. Bragança Paulista , SP, Brasil
Assunto(s):Asma  Brasil  COVID-19  Pandemias  Pneumologia 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Asthma | Brazil | Covid-19 | Pandemic | protective factor | risk factor | Pneumologia

Resumo

Introdução: A possibilidade de que a asma não seja um fator de risco para os piores desfechos devido à doença pelo coronavírus (COVID-19) é encorajada. O aumento na predominância da resposta Th2 pode regular negativamente a fase tardia da hiperinflamação, que é tipicamente a marca registrada de infecções virais respiratórias mais graves, juntamente com receptores de enzima conversora de angiotensina mais baixos em pacientes com asma devido à inflamação crônica. Poucos estudos associaram o diagnóstico de asma e os desfechos da COVID-19. Nesse contexto, objetivamos associar o fenótipo da asma com os sinais clínicos, progressão da doença e desfechos em pacientes com COVID-19. Métodos: Realizamos um estudo epidemiológico usando as características dos pacientes do OpenDataSUS para verificar a gravidade da COVID-19 entre pacientes brasileiros hospitalizados com e sem fenótipo asma de acordo com a necessidade de unidades de terapia intensiva, intubação e óbitos. Também avaliamos os dados demográficos (sexo, idade, local de residência, escolaridade e raça), o perfil dos sinais clínicos e as comorbidades. Resultados: A asma esteve presente em 43.245/1.129.838 (3,8%) pacientes. Entre os pacientes com asma, 74,7% que necessitaram de suporte ventilatório invasivo evoluíram para óbito. Em contraste, 78,0% dos pacientes sem asma que necessitaram de suporte ventilatório invasivo morreram (OR = 0,83; IC 95% = 0,79-0,88). Além disso, 20,0% dos pacientes com asma que necessitaram de suporte ventilatório não invasivo evoluíram para óbito, enquanto 23,5% dos sem asma evoluíram para óbito (OR = 0,81; IC 95% = 0,79-0,84). Por fim, apenas 11,2% dos pacientes com asma que não necessitaram de suporte ventilatório evoluíram para óbito, enquanto 15,8% dos sem asma evoluíram para óbito (OR = 0,67; IC 95% = 0,62-0,72). Em nossa análise multivariada, uma comorbidade e uma característica clínica se destacaram como fatores de proteção contra morte durante a infecção por coronavírus 2 da síndrome respiratória aguda grave (SARS-CoV-2). Pacientes com asma foram menos propensos a morrer do que outros pacientes (OR = 0,79; IC 95% = 0,73-0,85), assim como pacientes puérperas (OR = 0,74; IC 95% = 0,56-0,97) em comparação com outros pacientes. Conclusão: A asma foi fator de proteção para óbito em pacientes hospitalizados com COVID-19 no Brasil. Apesar das limitações do estudo sobre a informação do fenótipo da asma dos pacientes e uso de corticosteróides, este estudo traz à tona informações sobre uma condição prevalente que foi considerada um fator de risco para morte na COVID-19, sendo em última instância protetora. (AU)

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