Auxílio à pesquisa 23/08810-3 - Nefrologia, Insuficiência renal crônica - BV FAPESP
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Avaliação de biomarcadores da filtração glomerular em obesos, com e sem DRC, submetidos à cirurgia bariátrica e de biomarcadores renais no diagnóstico e progressão da DRC relacionada à Obesidade, na Nefropatia Membranosa e na Nefrite Membranosa Lúpica

Processo: 23/08810-3
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Temático
Área do conhecimento:Ciências da Saúde - Medicina - Clínica Médica
Pesquisador responsável:Luis Yu
Beneficiário:Luis Yu
Instituição Sede: Faculdade de Medicina (FM). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Pesquisadores principais:
Dirce Maria Trevisan Zanetta ; Leila Antonangelo ; Marco Aurélio Santo
Pesquisadores associados: Caroline Silvério Faria ; Denise Maria Avancini Costa Malheiros ; Emmanuel de Almeida Burdmann ; Marcelo Tatit Sapienza ; Roberto de Cleva
Assunto(s):Nefrologia  Insuficiência renal crônica  Glomerulonefrite membranosa  Nefrite lúpica  Cirurgia bariátrica  Obesidade  Taxa de filtração glomerular  Biomarcadores 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:biomarcadores renais | cirurgia bariátrica | Nefrite Lúpica | nefropatia membranosa | obesidade | Taxa de Filtração Glomerular | Nefrologia

Resumo

O presente projeto engloba tres sub-projetos que visam avaliar biomarcadores de diagnóstico e de progressão de doença renal em tres glomerulopatias muito prevalentes, a glomerulopatia relacionada a obesidade, a nefropatia membranosa e a nefrite lúpica membranosa. A incidência de sobrepeso e obesidade vem aumentando em todo o mundo e sua ocorrência aumenta os riscos de desenvolvimento de outras doenças crônicas como diabetes, hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, e de dislipidemia e DRC. Os efeitos da obesidade nos rins incluem: albuminúria, redução da taxa de filtração glomerular (TFG), glomerulopatia relacionada a obesidade (ORG) e progressão para DRC. A filtração glomerular é estimada por cálculos que se baseiam nos níveis de creatinina, cuja acurácia é limitada, principalmente em condições em que a concentração encontra-se alterada. Em situações extremas de aumento da massa muscular ou do tamanho corporal, como na obesidade, a síntese da creatinina pode ser afetada, podendo impactar na estimativa da TFG. Ainda não está bem estabelecido quais são os melhores marcadores da TFG e as respectivas fórmulas de estimativa da TFG para uma avaliação acurada em pacientes obesos, com ou sem DRC e a variação destas fórmulas ao longo do tempo. Trabalhos anteriores demostraram o benefício da cirurgia bariátrica associada ao tratamento anti-proteinúrico em pacientes obesos diabéticos portadores de DRC. A redução da albuminúria e melhora da TFG foram alguns dos desfechos renais favoráveis, achados que serão testados na população de obesos portadores de DRC submetidos a cirurgia metabólica e que terão otimização das medidas anti-proteinúricas com a adição de glifozinas (iSGLT2). Espera-se que a introdução de iSGLT2 associados ao tratamento convencional promovam melhores desfechos renais em pacientes obesos portadores de DRC submetidos à cirurgia metabólica. O papel de biomarcadores tubulares renais permanece desconhecido em obesos com DRC. Por isto, pretende-se avaliar os biomarcadores tubulares: NGAL, KIM-1 e CCL-14, na progressão da função renal nos pacientes obesos com DRC, submetidos à cirurgia bariátrica.Neste estudo, serão também avaliados novos biomarcadores renais teciduais no diagnóstico da NM e na NL, correlacionando-se com a evolução da DRC nas pacientes lúpicas. A NM é a principal causa de síndrome nefrótica em adultos. Essa glomerulopatia tem grande impacto por causar DRC terminal em 30% dos casos. Pode ser primária ou secundária: auto-imunidade, nefrotoxicidade, neoplasias e infecções. Nos últimos anos, foram descobertos anticorpos contra antígenos podocitários na NM: receptor de fosfolipase A2 (PLA2R), trombospondina tipo-1 domínio contendo 7 A (THSD7A), neuro epidermal growth factor like 1 (NELL1) e exostosina 1 (EXT1) e exostosina 2 (EXT2). A PLA2R está fortemente associada à NM primária, enquanto a THSD7A parece ter relação com neoplasias. Há evidências de que NELL1 esteja associada a NM secundária e EXT1/EXT2 à doenças autoimunes. A pesquisa desses anticorpos nas biópsias renais e a caracterização clinicopatológica desses subgrupos da NM, permitirá maior refinamento diagnóstico com possibilidade de intervenção terapêutica. A NL é uma séria complicação que se associa a maior morbimortalidade, acometendo cerca de 40% das pacientes lúpicas. Recentemente, em pacientes com NM negativa para PLA2R e THSD7A, foram identificadas duas novas proteínas, a EXT 1 e EXT 2. As pacientes que expressavam EXT1/EXT2, possuíam achados clínicos sugestivos de doenças autoimunes, incluindo LES. Posteriormente, estudos demonstraram positividade tecidual de 32,6% a 46% para EXT1/EXT2 em pacientes com NL membranosa. Essas pacientes tinham menores índices de cronicidade, menores níveis de creatinina, maior proteinúria ao diagnóstico e menor progressão da DRC. Entretanto, estes novos biomarcadores renais não foram avaliados em outras populações, como a brasileira. (AU)

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