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Impacto de adversidades da vida e expressão gênica em sintomas psiquiátricos em crianças e adolescentes: achados do Estudo da Coorte Brasileira de Alto Risco

Processo: 25/00302-4
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Publicações científicas - Artigo
Data de Início da vigência: 01 de abril de 2025
Data de Término da vigência: 30 de setembro de 2025
Área do conhecimento:Ciências da Saúde - Medicina - Psiquiatria
Pesquisador responsável:Vanessa Kiyomi Ota Kuniyoshi
Beneficiário:Vanessa Kiyomi Ota Kuniyoshi
Instituição Sede: Escola Paulista de Medicina (EPM). Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Campus São Paulo. São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Genética  Transcriptoma  Genética psiquiátrica 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Externalizing | Genetics | Internalizing | Psychopathology | transcriptome | Genética Psiquiátrica

Resumo

Embora a influência de fatores genéticos e ambientais no desenvolvimento de sintomas psiquiátricos seja bem reconhecida, a natureza precisa de sua interação ao longo do desenvolvimento permanece um assunto de debate contínuo. Este estudo investigou a associação entre a expressão de 78 genes candidatos, previamente associados a fenótipos psiquiátricos, no sangue periférico e tanto a adversidade quanto a psicopatologia em uma amostra de 298 jovens avaliados em dois momentos do Estudo Brasileiro de Coorte de Alto Risco para Condições Mentais (BHRCS). A psicopatologia foi avaliada usando a Child Behavior Checklist (CBCL), considerando o total da CBCL, o fator p (ou seja, fator geral de psicopatologia) e os sintomas internalizantes e externalizantes como variáveis ¿¿clínicas. As adversidades da vida consideradas neste estudo incluem quatro variáveis ¿¿compostas: maus-tratos infantis, eventos de vida estressantes, ameaça e privação. A expressão gênica foi medida usando sequenciamento de nova geração para genes alvo e a expressão gênica diferencial foi analisada com o pacote DESeq2. Os modelos mistos revelaram seis genes associados aos sintomas internalizantes: os genes NR3C1, HSPBP1, SIN3A, SMAD4 e CRLF3 exibiram uma correlação negativa com esses sintomas, enquanto o gene FAR1 mostrou uma correlação positiva. Além disso, também encontramos uma associação negativa entre a expressão do gene USP38 e os sintomas externalizantes. Finalmente, os genes DENND11 e PRRC1 foram negativamente associados à privação, um fator latente caracterizado por negligência, ausência parental e medidas de formas materiais de privação. Nenhum efeito de mediação ou moderação da expressão gênica foi observado na associação entre adversidades da vida e sintomas psiquiátricos, o que significa que eles podem influenciar vias distintas. Entre esses nove genes, o NR3C1, que codifica um receptor de glicocorticoide, é de longe o mais investigado, sendo associado a sintomas depressivos, adversidade na infância e estresse. Embora mais pesquisas sejam necessárias para entender completamente a complexa relação entre expressão gênica, adversidades da vida e psicopatologia, nossas descobertas fornecem informações valiosas sobre os mecanismos moleculares subjacentes aos transtornos mentais. (AU)

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