Busca avançada
Ano de início
Entree

Em destaque: um estudo espacial sobre a potencial subnotificação de leptospirose entre pacientes negativos para dengue na cidade de São Paulo, Brasil

Processo: 25/03064-7
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Publicações científicas - Artigo
Data de Início da vigência: 01 de junho de 2025
Data de Término da vigência: 30 de novembro de 2025
Área do conhecimento:Ciências da Saúde - Saúde Coletiva - Saúde Pública
Pesquisador responsável:Marcos Bryan Heinemann
Beneficiário:Marcos Bryan Heinemann
Instituição Sede: Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Epidemiologia 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Endemic Disease | Febrile Illness | Infectious Disease Surveillance | Public Health | Spatial analysis | Epidemiologia

Resumo

A leptospirose e a dengue compartilham sintomas inespecíficos semelhantes, o que complica o diagnóstico diferencial em regiões endêmicas. Essa sobreposição é ainda mais agravada pelo fato de a leptospirose muitas vezes passar despercebida, resultando em baixa suspeita clínica entre os profissionais de saúde. Compreender a escala dos casos subdiagnosticados de leptospirose, especialmente entre pacientes com teste negativo para dengue, é fundamental para melhorar as respostas em saúde pública. Este estudo transversal analisou dados de 6.936 pacientes febris que testaram negativo para dengue nos serviços públicos de saúde da cidade de São Paulo. Amostras de soro desses pacientes foram subsequentemente testadas para detecção de anticorpos IgM anti-Leptospira. Foi realizada uma análise espacial para identificar áreas com maior risco de leptospirose subdiagnosticada, e esses achados foram comparados aos casos notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) do Brasil entre 2009 e 2019. Nossos resultados revelaram que, dos 6.936 pacientes testados, 786 (11,3%) apresentaram sororreação para leptospirose, com maior prevalência entre mulheres (55,7%; p=0,003). A análise espacial identificou 18 agrupamentos de alto risco para leptospirose potencialmente não reconhecida, predominantemente em regiões periféricas com vulnerabilidades socioeconômicas. Notavelmente, duas áreas de alto risco significativas foram localizadas nas regiões Norte (RR=2,13) e Sul (RR=2,69) da cidade. Esses achados ressaltam a necessidade urgente de intervenções direcionadas em saúde pública para melhorar a vigilância da doença e a capacidade diagnóstica, especialmente nas áreas de alto risco identificadas. Abordar a subnotificação da leptospirose é essencial para reduzir a morbidade e a mortalidade associadas à doença. Pesquisas futuras devem expandir esse trabalho, integrando dados temporais, ambientais e socioeconômicos mais amplos. (AU)

Matéria(s) publicada(s) na Agência FAPESP sobre o auxílio:
Mais itensMenos itens
Matéria(s) publicada(s) em Outras Mídias ( ):
Mais itensMenos itens
VEICULO: TITULO (DATA)
VEICULO: TITULO (DATA)