Busca avançada
Ano de início
Entree

Acesso à quimiodiversidade fúngica e seu potencial inibidor de proteases visando a descoberta de novos produtos naturais antiparasitários e antivirais

Processo: 25/06280-2
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Regular
Data de Início da vigência: 01 de novembro de 2025
Data de Término da vigência: 31 de outubro de 2028
Área do conhecimento:Ciências Exatas e da Terra - Química - Química Orgânica
Pesquisador responsável:Paulo Cézar Vieira
Beneficiário:Paulo Cézar Vieira
Instituição Sede: Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP). Universidade de São Paulo (USP). Ribeirão Preto , SP, Brasil
Pesquisadores associados:Danielle Bruna Leal de Oliveira ; Leonardo Luiz Gomes Ferreira ; Marcia Regina von Zeska Kress
Assunto(s):Cisteína proteases  Fungos  Inibidores de proteases  Produtos naturais 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:cisteino proteases | Co-cultivo | fungos | inibidores de proteases | Produtos Naturais | Produtos Naturais

Resumo

Os produtos naturais são compostos com destacada interação biológica. Sua alta complexidade e diversidade química, são fontes promissoras para o desenvolvimento de terapias farmacológicas. As proteases são enzimas que catalisam a hidrólise de ligações peptídicas. Entre as diferentes classes de proteases, as cisteíno proteases formam uma subclasse composta pelo aminoácido cisteína em seu sítio catalítico. Notavelmente, as cisteíno proteases semelhantes à papaína (PLCPs) são as mais abundantes e podem ser encontradas em quase todos os organismos vivos. As cisteíno proteases participam de diversos processos biológicos e seu desequilíbrio está fortemente relacionado ao aumento da atividade proteolítica, o que consequentemente leva ao desenvolvimento de algumas doenças. Curiosamente, as atividades dessas enzimas estão vinculadas a infecções parasitárias causadoras de doenças tropicais negligenciadas (DTNs), bem como à replicação e propagação do SARS-CoV-2 - vírus causador da COVID-19. Dessa forma, a busca por inibidores de proteases é uma estratégia promissora para o desenvolvimento de novos fármacos. Existe uma alta concentração das PLCPs em frutos comestíveis como o mamão e abacaxi, as quais desempenham um importante papel protetor contra patógenos. Nesse contexto foi observado que alguns fungos patogênicos biossintetizam compostos especializados que inibem as proteases presentes nos frutos, podendo infectá-los. Para ter acesso a essas substâncias, neste projeto se prevê a variação nas condições de cultivo e co-cultivo de fungos. Esta decisão é fundamentada em vários relatos da literatura sobre as variações do cultivo levarem à indução ou ativação de rotas biossintéticas silenciosas, permitindo assim a produção de novos metabólitos bioativos. Sendo assim, pretende-se bioprospectar substâncias inibidoras de cisteíno proteases a partir da quimiodiversidade de fungos patogênicos de frutos comestíveis com a mudança de condições de cultivo e co-cultivo. Serão utilizadas técnicas de desreplicação para seleção de extratos com potencial de ineditismo e uma série de técnicas para o isolamento e caracterização dos metabólitos, incluindo técnicas cromatográficas (HPLC), espectroscópicas (RMN) e espectrométricas (espectrometria de massas). Será avaliada a atividade inibitória da papaína e de outras cisteíno proteases de agentes parasitários e catepsinas humanas dos compostos isolados, bem como sua atividade em parasitas de DTNs e no SARS-CoV-2. Será feita, ainda, a bioprospecção de metabólitos com ação antifúngica sintetizados por fungos quando colocados em condição de co-cultivo entre diferentes espécies. (AU)

Matéria(s) publicada(s) na Agência FAPESP sobre o auxílio:
Mais itensMenos itens
Matéria(s) publicada(s) em Outras Mídias ( ):
Mais itensMenos itens
VEICULO: TITULO (DATA)
VEICULO: TITULO (DATA)