Busca avançada
Ano de início
Entree

Eficácia e função biológica de anticorpos monoclonais gerados contra antígenos de parede e exoantígenos de Paracoccidioides brasiliensis na infecção experimental

Processo: 07/07588-2
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Regular
Data de Início da vigência: 01 de abril de 2008
Data de Término da vigência: 30 de setembro de 2010
Área do conhecimento:Ciências Biológicas - Microbiologia - Microbiologia Aplicada
Pesquisador responsável:Carlos Pelleschi Taborda
Beneficiário:Carlos Pelleschi Taborda
Instituição Sede: Instituto de Ciências Biomédicas (ICB). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Parede celular  Antígenos  Anticorpos monoclonais  Micologia 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:anticorpos monoclonais | antígeno | brasiliensis | P | Parede celular | micologia

Resumo

A paracoccidioidomicose (PCM) é a infecção fúngica sistêmica de maior prevalência na América Latina. Seu agente etiológico, Paracoccidioides brasiliensis, é um fungo termodimórfico, apresentando uma estrutura complexa de proteínas, glicoproteínas, polissacarídeos, lipídeos e polipeptídeos que reúnem condições físico-quimicas e biológicas para atuarem como antígenos.Polissacarídeos da parede celular do P. brasiliensis assim como fatores envolvidos na patogenicidade do fungo têm papel importante nas interações hospedeiro-fungo. Dentre os antígenos de P. brasiliensis destaca-se, a gp43, uma glicoproteína que pode estar implicada na patogenicidade do fungo.A resposta imune celular é o principal mecanismo de defesa do hospedeiro contra P. brasiliensis, no entanto, não se conhece a real participação da resposta imune humoral no controle desta micose.Nosso laboratório documentou previamente a administração terapêutica de anticorpos monoclonais contra a gp43 em camundongos Balb/C infectados intratraquealmente com um isolado virulento de P. brasiliensis. Observamos que alguns destes anticorpos foram capazes de reduzir a carga fúngica, porém, foi verificada a existência de anticorpos não protetores.A presença de um determinado grupo de anticorpos em preparações de soros policlonais corresponde a uma pequena porção do total de imunoglobulinas, e diferenças na quantidade de anticorpos, na especificidade e no isotipo podem explicar porque estas preparações nem sempre conferem proteção. A eficácia de um anticorpo monoclonal protetor depende de vários fatores como a quantidade administrada, especificidade e isotipo, assim como a via de inoculação do anticorpo monoclonal, virulência do patógeno e suscetibilidade do hospedeiro.Estudos utilizando diferentes modelos de infecções fúngicas revelam a complexa relação entre a eficácia da proteção mediada por anticorpos com a especificidade do anticorpo monoclonal. As razões biológicas envolvidas nestas interações permanecem obscuras.Este estudo se baseará na produção e caracterização de anticorpos monoclonais contra diferentes alvos presentes na parede e membrana celular ou elimanados no sobrenadante do meio de cultura como: melanina, glicolipídeos, glicoproteínas e carboidratos da parede e membrana celular com o intuito de compreender a função biológica dos anticorpos na PCM e buscar, uma associação entre as respostas imune celular e humoral no melhoramento das terapias propostas até o presente momento..Ressaltamos que os resultados prévios utilizando-se anticorpos monoclonais contra antígenos de P. brasiliensis monstraram-se promissores, fazendo acreditar que o desenvolvimento destes anticorpos monoclonais possa trazer esclarecimentos de vital importância para esta infecção. (AU)

Matéria(s) publicada(s) na Agência FAPESP sobre o auxílio:
Mais itensMenos itens
Matéria(s) publicada(s) em Outras Mídias ( ):
Mais itensMenos itens
VEICULO: TITULO (DATA)
VEICULO: TITULO (DATA)

Publicações científicas (6)
(Referências obtidas automaticamente do Web of Science e do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores)
GALVAO DIAS, M. A.; ZANCOPE OLIVEIRA, R. M.; GIUDICE, M. C.; MONTENEGRO NETTO, H.; JORDAO, L. R.; GRIGORIO, I. M.; ROSA, A. R.; AMORIM, J.; NOSANCHUK, J. D.; TRAVASSOS, L. R.; et al. SHORT REPORT Isolation of Histoplasma capsulatum from bats in the urban area of Sao Paulo State, Brazil. EPIDEMIOLOGY AND INFECTION, v. 139, n. 10, SI, p. 1642-1644, . (06/58210-7, 07/07588-2)
DA SILVA, MARCELO BARBOSA; THOMAZ, LUCIANA; MARQUES, ALEXANDRE FERREIRA; SVIDZINSKI, ARTUR E.; NOSANCHUK, JOSH D.; CASADEVALL, ARTURO; TRAVASSOS, LUIZ R.; TABORDA, CARLOS P.. Resistance of melanized yeast cells of Paracoccidioides brasiliensis to antimicrobial oxidants and inhibition of phagocytosis using carbohydrates and monoclonal antibody to CD18. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, v. 104, n. 4, p. 644-648, . (06/50634-2, 07/07588-2, 05/02776-0)
MARQUES, ALEXANDRE F.; DA SILVA, MARCELO B.; JULIANO, MARIA A. P.; MUNHOZ, JULIAN E.; TRAVASSOS, LUIZ R.; TABORDA, CARLOS P.. Additive effect of P10 immunization and chemotherapy in anergic mice challenged intratracheally with virulent yeasts of Paracoccidioides brasiliensis. Microbes and Infection, v. 10, n. 12-13, p. 1251-1258, . (06/50634-2, 07/07588-2)
RITTNER, GLAUCE M. G.; MUNOZ, JULIAN E.; MARQUES, ALEXANDRE F.; NOSANCHUK, JOSHUA D.; TABORDA, CARLOS P.; TRAVASSOS, LUIZ R.. Therapeutic DNA Vaccine Encoding Peptide P10 against Experimental Paracoccidioidomycosis. PLoS Neglected Tropical Diseases, v. 6, n. 2, p. e1519, . (06/50634-2, 07/07588-2, 09/15823-7)
GALVAO DIAS, M. A.; ZANCOPE OLIVEIRA, R. M.; GIUDICE, M. C.; MONTENEGRO NETTO, H.; JORDAO, L. R.; GRIGORIO, I. M.; ROSA, A. R.; AMORIM, J.; NOSANCHUK, J. D.; TRAVASSOS, L. R.; et al. SHORT REPORT Isolation of Histoplasma capsulatum from bats in the urban area of Sao Paulo State, Brazil. EPIDEMIOLOGY AND INFECTION, v. 139, n. 10, p. 3-pg., . (07/07588-2, 06/58210-7)
PRADO, MARLI; DA SILVA, MARCELO BARBOSA; LAURENTI, RUY; TRAVASSOS, LUIZ R.; TABORDA, CARLOS P.. Mortality due to systemic mycoses as a primary cause of death or in association with AIDS in Brazil: a review from 1996 to 2006. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, v. 104, n. 3, p. 513-521, . (06/50634-2, 07/07588-2, 05/02776-0)