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A fetichização do eu autônomo: consumo responsável, excesso e redenção como mercadoria

Processo: 07/07355-8
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Regular
Data de Início da vigência: 01 de setembro de 2008
Data de Término da vigência: 31 de agosto de 2009
Área do conhecimento:Ciências Humanas - Psicologia - Psicologia Social
Pesquisador responsável:Isleide Arruda Fontenelle
Beneficiário:Isleide Arruda Fontenelle
Instituição Sede: Escola de Administração de Empresas de São Paulo (EAESP). Fundação Getúlio Vargas (FGV). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Fetichismo  Consumo  Independência (personalidade)  Responsabilidade 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Autonomia do eu | Consumo Responsável | Excesso | fetiche | Redenção | Psicologia do Consumo

Resumo

Embora a ideologia de um eu autônomo tenha estado no centro do projeto moderno, ela ganha contornos novos a partir da segunda metade do século XX, quando começa a se delinear a sociedade que hoje denominados sem limites. Nesta sociedade, a fetichização do eu autônomo se exacerba no sentido de postular um eu capaz de se autoadministrar e que não reconhece mais amarras ao seu projeto de autoconstrução. Certamente, o campo do consumo foi fértil na propagação de tal ideologia a partir do imperativo de que se poderia (e deveria) gozar a qualquer preço. Entretanto, apesar dessa pretensa autonomia, o campo do consumo nunca pareceu sugerir explicitamente que o consumidor assumisse a responsabilidade pelos seus atos. Pelo contrário: a esfera do consumo foi historicamente constituída longe de um olhar e de um discurso público centrado em uma política de autocontrole do consumidor. Mas esta última década viu surgir, com força, o discurso pelo consumo responsável que parece requerer uma nova relação com o consumo. Objetiva-se, neste projeto, investigar o discurso do consumo responsável pelo meio ambiente a fim de se compreender o porquê dessa virada discursiva. Tomando como objeto de análise duas revistas centradas em temas econômicos (The Economist e Exame), pretende-se investigar como se formou e se desdobrou o discurso pelo consumo responsável de 1996 até 2007, anos paradigmáticos para a virada discursiva que passou a atribuir aos excessos do consumo a causa da degradação ambiental. Buscar-se-á compreender até que ponto esse discurso sugere um retorno ao universo da proibição social e da culpa que parecia banida de uma sociedade que havia rompido com quase todos os limites sociais, e de como isso pode gerar uma nova mercadoria: a redenção. (AU)

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