Quantificação dos níveis de adiponectina e leptina em mulheres com pré-eclâmpsia

• Processo: 10/18709-8
• Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Regular
• Data de Início da vigência: 01 de abril de 2011
• Data de Término da vigência: 31 de março de 2012
• Área do conhecimento: Ciências da Saúde - Medicina - Saúde Materno-infantil
• Pesquisador responsável: Ricardo de Carvalho Cavalli
• Beneficiário: Ricardo de Carvalho Cavalli
• Instituição Sede: Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP). Universidade de São Paulo (USP). Ribeirão Preto , SP, Brasil
• Assunto(s): Hipertensão induzida pela gravidez Pré-eclâmpsia Adiponectina Leptina
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: adiponectina | hipertensão gestacional | Leptina | Pré-eclâmpsia | Ginecologia e Obstetrícia

Resumo

A adiponectina é um dos hormônios protéicos secretados pelos adipócitos e está envolvida na homeostase energética, através da regulação do metabolismo glicídico e lipídico, adicionalmente, apresenta propriedades antiinflamatórias e anti-ateroscleróticas. Pesquisas mostram que em grávidas hipertensas os níveis de adiponectina se mostram reduzidos quando comparados aos de gestantes saudáveis.A Leptina é um hormônio polipeptídeo com 167 aminoácidos e 16 Kd, foi originalmente descrita como hormônio das células adiposas. A hiperinsulinêmica observada na síndrome de resistência à insulina pode ser o fator chave da hiperleptinemia e das anormalidades metabólicas. Pesquisas mostram que durante a gestação os níveis de leptina se mostram elevados quando comparados aos de não gestantes. Em suma podemos relacionar a hipoadiponectinemia com a resistência a insulina que tem como consequência a hiperinsulinemia, que é um dos fatores responsáveis pela elevação dos níveis de leptina e pela síndrome metabólica. E que essa depois de estabelecida tem como conseqüência o desenvolvimento da hipertensão artérial que tem sido associada à disfunção endotelial provocada pela hiperinsulinemia, que atuam como amplificadores da resposta vasoconstritora por causar retenção de sódio e outros efeitos vasculares, tais como proliferação e expansão de matriz celular. Além disso, o efeito da insulina sobre diversos fatores de crescimento contribui para o desenvolvimento da lesão vascular através de sua potencialização do processo aterosclerótico.Objetivo: quantificar as concentrações de adiponectina e leptina em pacientes com pré-eclâmpsia, hipertensão gestacional e grávidas saudáveis. Pacientes e métodos: o estudo será realizado com grávidas com pré-eclâmpticas em seguimento no Ambulatório de Gestação de Alto Risco do HCFMRP-USP, além de gestantes sadias do ambulatório de pré-natal normal da MATER, somando um total de 200 pacientes.As concentrações de adiponectina e leptina serão quantificadas através do método ELISA (do inglês, Enzyme Linked Immuno Sorbent Assay), utilizando-se o kit Quantikine (R&D Systems). Este ensaio emprega o sanduíche quantitativo que é uma técnica de ensaio imunoenzimático. Um anticorpo monoclonal específico para o domínio globular da Adiponectina reveste uma microplaca. Nessa microplaca são pipetados os padrões e amostras assim, moléculas de adiponectina presentes na amostra ligam-se a esse anticorpo, após um período de incubação a microplaca é lavada com uma solução de lavagem. Após a lavagem um segundo anticorpo especifico para adiponectina e marcado com uma enzima é pipetado em cada poço. Após incubação é feita uma lavagem para remover os anticorpos não ligaram as moléculas de adiponectina. Após a lavagem uma solução de substrato é adicionada aos poços, a enzima ligada ao anticorpo reage com o substrato fazendo com que o cromógeno mude de cor. A presença de cor nos poços indica a presença da adiponectina, e os poços que não mudarem de cor indica a ausência do antígeno em questão. O mesmo procedimento é realizado para dosar a leptina, tendo como única diferença o anticorpo usado, que é especifico para a leptina. A intensidade pode ser analisada por um espectrofotômetro, permitindo uma análise quantitativa. (AU)