O papel do azul de metileno na prevenção da lesão de isquemia-reperfusão em transplante pulmonar de ratos: estudo experimental

• Processo: 11/50715-0
• Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Regular
• Data de Início da vigência: 01 de setembro de 2011
• Data de Término da vigência: 31 de agosto de 2013
• Área do conhecimento: Ciências da Saúde - Medicina - Cirurgia
• Pesquisador responsável: Fabio Biscegli Jatene
• Beneficiário: Fabio Biscegli Jatene
• Instituição Sede: Instituto do Coração Professor Euryclides de Jesus Zerbini (INCOR). Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HCFMUSP). Secretaria da Saúde (São Paulo - Estado). São Paulo , SP, Brasil
• Assunto(s): Cirurgia torácica Transplante de pulmão Azul de metileno Antioxidantes

Resumo

O transplante pulmonar é uma opção terapêutica bem estabelecida para o tratamento de diversas doenças pulmonares. Porém, vários fatores como o pequeno tempo de isquemia tolerado, os episódios de rejeição, as infecções e as complicações da anastomose brônquica tornam o transplante pulmonar um verdadeiro desafio. A lesão de isquemia-reperfusão está associada à elevada morbi-mortalidade nos primeiros dias após o transplante e, a médio e longo prazo, ao desenvolvimento de bronquiolite obliterante, como forma de rejeição crônica. O azul de metileno tem sido usado como droga terapêutica há mais de um século, principalmente para o tratamento da metahemoglobinemia, como antídoto do cianato e para a localização de fístulas. A atividade do azul de metileno no processo de isquemia-reperfusão se baseia na supressão da produção de radicais superóxido, por atuar como receptor alternativo de elétrons da xantina oxidase, competindo com o oxigênio molecular pela transferência destes. O efeito protetor do azul de metileno sobre os pulmões após isquemia intestinal seguida de reperfusão já foi estudado em trabalho experimental, porém, até o presente, não há nenhum estudo relacionado ao papel do azul de metileno como possível agente protetor da lesão de isquemia-reperfusão em transplante pulmonar. Avaliaremos a ação do azul de metileno como agente anti-oxidante no processo de lesão de isquemia-reperfusão em ratos submetidos a transplante pulmonar unilateral (Tx). Quarenta ratos serão distribuídos em 4 grupos: 1) Tx + isquemia (3h) + salina + reperfusão (2h); 2) Tx + isquemia (6h) + salina + reperfusão (2h); 3) Tx + isquemia (3h) + azul de metileno + reperfusão (2h); 4) Tx + isquemia (6h) + azul de metileno + reperfusão (2h). Amostras de sangue serão coletadas para análise gasométrica e do ácido úrico. Será realizado lavado bronco alveolar para quantificação celular total e diferenciada. O oxido nítrico exalado será quantificado antes e após o transplante e os pulmões serão analisados histologicamente. (AU)

Publicações científicas

(Referências obtidas automaticamente do Web of Science e do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores)

ABREU, MARCUS DA MATTA; PAZETTI, ROGERIO; DE ALMEIDA, FRANCINE MARIA; CORREIA, ARISTIDES TADEU; PARRA, EDWIN ROGER; DA SILVA, LAIS PEREIRA; VIEIRA, RODOLFO DE PAULA; PEGO-FERNANDES, PAULO MANUEL; JATENE, FABIO BISCEGLI. Methylene blue attenuates ischemia-reperfusion injury in lung transplantation. JOURNAL OF SURGICAL RESEARCH, v. 192, n. 2, p. 635-641, DEC 2014. (11/50715-0)

MARCUS DA MATTA ABREU; FRANCINE MARIA DE ALMEIDA; KELLI BORGES DOS SANTOS; EMÍLIO AUGUSTO CAMPOS PEREIRA DE ASSIS; RAFAEL KENJI FONSECA HAMADA; FABIO BISCEGLI JATENE; PAULO MANUEL PÊGO-FERNANDES; ROGERIO PAZETTI. O azul de metileno atenua a inflamação em pulmões não isquêmicos após transplante pulmonar?. Jornal Brasileiro de Pneumologia, v. 44, n. 5, p. 378-382, 2018-10-00. (11/50715-0)