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Ghettoliteratur: um gênero esquecido

Processo: 12/04261-0
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Regular
Data de Início da vigência: 01 de junho de 2012
Data de Término da vigência: 31 de maio de 2014
Área do conhecimento:Linguística, Letras e Artes - Letras - Literaturas Estrangeiras Modernas
Pesquisador responsável:Luis Sérgio Krausz
Beneficiário:Luis Sérgio Krausz
Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Literatura alemã  Literatura hebraica  Linguística de corpus  Linguística histórica  Língua hebraica  Iluminismo  Tradução 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Emancipação | Gueto | Iluminismo judaico | Literatura Alemã | Literatura Judaica | Literatura judaico-alemã

Resumo

O desmantelamento dos guetos nos países de língua alemã, no início do século XIX, e as políticas de emancipação e integração dos judeus implementadas por monarcas como Friedrich Wilhelm III e Joseph II desencadearam uma rápida transformação nas condições de vida de uma população que, desde a Idade Média, vivia isolada nas Judengassen. O estabelecimento dos judeus nas grandes cidades teve como consequência o rápido abandono de formas de vida tradicionais e o completo desaparecimento de um idioma peculiar - o Jüdisch-deutsch, distinto do ídiche da Europa oriental. Conscientes da extinção de seu universo de nascença, escritores judeus tomaram para si a tarefa de imortalizar os costumes, as crenças e frequentemente também o idioma da Judengasse. Nascia assim um gênero literário bastante popular entre os leitores judeus emancipados do século XIX: a Ghettoliteratur. O objetivo deste projeto de pesquisa é, em primeiro lugar, traçar o pano de fundo histórico e geográfico em que surgiu esta literatura particular. Em seguida, pretende-se analisar seus aspectos linguísticos, marcados pela ambivalência com relação ao idioma Jüdisch-deutsch, visto como ofensivo à língua culta dos judeus modernizados por um lado, e como essência de um mundo em desaparecimento de outro. O gênero parece apontar para a ambivalência dos judeus modernizados com relação ao mundo de seus ancestrais: ao mesmo tempo em que o universo da Gasse torna-se, cada vez mais, propenso a receber as projeções e idealizações de uma sensibilidade romântica, preocupada com a falta de autenticidade da vida nas grandes cidades, ele se torna, em certa medida, causa de vergonha. Finalmente, pretende-se fazer uma antologia de textos deste gênero, com base em suas qualidades literárias, e traduzi-la ao português, trazendo à atenção do público leitor um corpus literário inteiramente esquecido. (AU)

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