RBP urinária: relação com função renal e fatores de risco cardiovascular em DRC (Urinary retinol-binding protein: relationship to renal function and cardiovascular risk factors in chronic kidney disease.)

• Processo: 16/21062-2
• Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Publicações científicas - Artigo
• Data de Início da vigência: 01 de fevereiro de 2017
• Data de Término da vigência: 31 de julho de 2017
• Área do conhecimento: Ciências da Saúde - Medicina - Clínica Médica
• Pesquisador responsável: Silvia Maria de Oliveira Titan
• Beneficiário: Silvia Maria de Oliveira Titan
• Instituição Sede: Faculdade de Medicina (FM). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Assunto(s): Nefrologia Insuficiência renal crônica
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: doença renal crônica | Fatores de Risco Cardiovascular | RBP urinaria | Nefrologia

Resumo

O papel da RBP urinária como biomarcador de doença de túbulo proximal, glomerulopatias e em transplante está bem estabelecido. Entretanto, se a RBP urinária também é um marcador de lesão renal e progressão de DRC é uma questão ainda não respondida. No presente estudo, nós avaliamos a associação da RBP urinária com função renal e fatores de risco cardiovascular na linha de base do estudo Progredir, uma coorte de DRC em São Paulo, Brasil, compreendendo participantes com DRC estágios 3 e 4.Nas análises univariadas, a RBP urinária mostrou-se inversamente associada à taxa de filtração glomerular (CKDEPI-eGFR) e a diversos fatores de risco cardiovascular. Após ajustes, no entanto, apenas CKDEPI-eGFR, albuminuria, PAS, anemia, acidose e dimensão do átrio esquerdo permaneceram associados significativamente à RBP urinária. A associação inversa de eGFR com RBP (²-0.02 ± 95CI -0.02; -0.01, p<0.0001, modelo ajustado) permaneceu em todos os estratos de albuminuria, mesmo após ajustes: em normoalbuminúria (²-0.008 ± 95CI (-0.02; -0.001, p=0.03), em microalbuminúria (²-0.02 ± 95CI (-0.03; -0.02, p<0,0001) e em macroalbuminúria (²-0.02 ± 95CI (-0.03; -0.01, p<0,0001). Por último, a RBP urinária melhorou o desempenho de modelo de regressão logística (ajustado para sexo, idade, PAS, diabetes e albuminúria) no diagnóstico de eGFR<35 ml/min/1.73m2 (AUC 0,77, 95%CI 0,72 - 0,81 versus AUC 0,71, 95%CI 0,65 - 0,75, respectivamente, p=0,05). Nossos resultados sugerem que a RBP urinária associa-se significativamente a função renal em DRC em geral, um achado que amplia o interesse por esse biomarcador além do contexto de tubulopatias proximais, glomerulopatias e transplante. A RBP urinária deve ser estudada como marcador de progressão de DRC em estudos prospectivos. (AU)