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Fronteiras da natureza: laboratórios de biotecnologia sob exame antropológico

Processo: 04/02011-0
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de junho de 2004
Data de Término da vigência: 31 de maio de 2008
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Antropologia
Pesquisador responsável:Lilia Katri Moritz Schwarcz
Beneficiário:Stelio Alessandro Marras
Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Genética   Natureza   Placebos
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Antropologia Da Ciencia | Cultura | Genetica | Natureza | Placebo | Terapia

Resumo

Trata-se de uma etnografia em laboratórios de biotecnologia genética (em São Paulo, pelo menos inicialmente) com o intuito de descrever o difícil trabalho de, grosso modo, separar Natureza e Cultura. Tal trabalho, ao meu ver, parece ser decisivo para o sucesso da medicina genética. Assim como se faz nos laboratórios contra-placebo, destinados a sintetizar a molécula medicamentosa, é preciso "purificar" (B. Latour) entre dados variáveis (modernamente classificados como do domínio da Cultura) e dados estáveis (modernamente classificados como do domínio da Natureza). Esse esforço consiste em eliminar a subjetividade (do doente, do médico e dos tecno-cientistas de laboratório), para assim produzir uma medicina generalizável, universal e eficaz, que enfim não dependa mais dos chamados testes contra-placebo. De fato, no horizonte da terapia genética (ainda em grande parte utópico), o que se espera é eliminar a "má razão" (conforme jargão dos tecno-cientistas) que sempre se instala no "elo intermediário" (P. Pignarre), i e, entre o fármaco e a resposta do organismo individual, razão dos referidos experimentos contra-placebo. A genômica, enfim, atuaria diretamente na causa das doenças, modificando ou eliminando seu programa de funcionamento e evolução. Mas será possível eliminar de todo a subjetividade (sempre particular e rebelde a estabilizações) e assim naturalizar (i e, estabilizar) os domínios arbitrários do humano? Interessa-me descrever as vicissitudes desse incrível trabalho de purificar e expandir as fronteiras do natural no homem. (AU)

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Publicações acadêmicas
(Referências obtidas automaticamente das Instituições de Ensino e Pesquisa do Estado de São Paulo)
MARRAS, Stelio Alessandro. Recintos e evolução: capítulos de antropologia da ciência e da modernidade. 2009. Tese de Doutorado - Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH/SBD) São Paulo.