Uma abordagem do funcionamento discursivo das construções adversativas sob a ótica da gramaticalização

• Processo: 08/07406-4
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado
• Data de Início da vigência: 01 de março de 2009
• Data de Término da vigência: 31 de julho de 2010
• Área de conhecimento: Linguística, Letras e Artes - Linguística - Teoria e Análise Lingüística
• Pesquisador responsável: Sanderléia Roberta Longhin
• Beneficiário: Tatiana Cian Botaro
• Instituição Sede: Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas (IBILCE). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de São José do Rio Preto. São José do Rio Preto , SP, Brasil
• Assunto(s): Gramaticalização Junção
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Articulação de orações | Construção adversativa | Gramaticalização | junção | Mudanças e Variação Lingüística

Resumo

Este trabalho, com base em pressupostos da Gramaticalização aliados à perspectiva textual-interativa (JUBRAN, 2006), tem como objetivo analisar as construções adversativas do português, com o propósito de percorrer as etapas evolutivas de juntores (mas, contudo, todavia, no entanto, entretanto, só que, enquanto (que), ao passo que, já, agora) que integram essas construções, tendo como parâmetro a trajetória do item adversativo prototípico mas, que estaria em estágio mais avançado de gramaticalização: advérbio magis > juntor textual > articulador textual-interativo (CASTILHO, 1997). A análise se justifica, ao menos em parte, pela hipótese de que haveria uma tendência típica de mudança - ou uma "trajetória universal" (BYBEE et al. 1994) - no domínio das adversativas, que refletiria padrões cognitivos e comunicativos comuns subjacentes ao uso da língua. O trabalho conjugará as abordagens sincrônica e diacrônica. No recorte sincrônico, as construções serão analisadas, nos moldes de Raible (2001), à luz da correlação entre dois parâmetros de junção: arquitetura sintática e relações de sentido. Na sucessão de sincronias, serão investigadas as possíveis mudanças no funcionamento das construções adversativas ao longo do tempo, com ênfase nas trajetórias históricas experimentadas pelos vários juntores adversativos.