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De Macondo a McOndo: os limites do Real Maravilhoso como discurso de representação da América Latina (1953-1996)

Processo: 09/03460-7
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Mestrado
Data de Início da vigência: 01 de agosto de 2009
Data de Término da vigência: 31 de março de 2011
Área de conhecimento:Ciências Humanas - História - História da América
Pesquisador responsável:José Alves de Freitas Neto
Beneficiário:Felipe de Paula Góis Vieira
Instituição Sede: Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
Assunto(s):América Latina   História e literatura   Literatura hispano-americana
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:América Latina | História e Literatura | Identidade latino-americana | Literatura hispano-americana | Real Maravilhoso | História da América Latina

Resumo

O presente projeto de mestrado tem por objetivo analisar os limites do Real Maravilhoso como conceito e discurso estético-político de representação da América Latina. A intenção é buscar nos debates entre os principais expoentes da chamada nova narrativa hispano-americana reflexões sobre a identidade latino-americana, assim como as imagens de América produzidas por esse discurso identitário. Essa nova narrativa iniciada nos anos de 1950 e continuada nas décadas seguintes é responsável por fomentar uma idéia de unidade latino-americana, criando um pastiche sobre aquilo que seria a América. Como salienta grande parte dos estudiosos, a literatura desse período, de maneira consciente, tentou realizar a busca de um centro do espaço americano e começou propensa a dar uma versão típica da nossa realidade: a América como espaço do maravilhoso. Esse discurso parece esgotar-se na década de 1990 quando tem início o movimento McOndo, criado pelos escritores chilenos Alberto Fuguet e Sergio Gómez, para definir uma geração de novos escritores latino-americanos cuja principal característica era a de rechaçar o aspecto mágico que passou a ser o "selo" dos autores do Real Maravilhoso. Analisar os limites e as implicações políticas desses discursos, assim como as formas através das quais os intelectuais da década de 1960 e 1990 representam a América, a luz dos processos históricos que permeiam as suas escritas, é o grande objetivo do trabalho.Partindo da idéia de que História e Literatura são disciplinas distintas, porém permeadas por pontos-comuns, na medida em que interpretam e escrevem um determinado passado, o grande interesse deste trabalho é a análise, a investigação e a pesquisa daquilo que se constituiu por América Latina segundo os preceitos do Real Maravilhoso; mais do que isso, como os intelectuais desse período incorporam e produzem imagens sobre o latino-americano amparadas por um projeto estético-político de unidade continental que parece se esgotar no início dos anos 90 do século XX.

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Publicações acadêmicas
(Referências obtidas automaticamente das Instituições de Ensino e Pesquisa do Estado de São Paulo)
VIEIRA, Felipe de Paula Góis. De Macondo a McOndo: os limites do Real Maravilhoso como discurso de representação da América Latina (1947-1996). 2012. Dissertação de Mestrado - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Filosofia e Ciências Humanas Campinas, SP.