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A linguagem pictorica de quem nao ve: imagens, diagramas e metaforas

Processo: 09/50762-9
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de julho de 2009
Data de Término da vigência: 30 de junho de 2012
Área de conhecimento:Ciências Sociais Aplicadas - Comunicação
Pesquisador responsável:Maria Lucia Santaella Braga
Beneficiário:Marcelo Santos de Moraes
Instituição Sede: Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PRPG). Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Cegueira congênita   Imagens
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Cegueira Congenita | Diagramas | Imagens | Linguagem Pictorica | Metaforas | Traducao Intersemiotica

Resumo

Estudos desenvolvidos no transcorrer dos últimos anos (Kennedy, 1992; 1997; 2006; Sköld, 2007) demonstram não apenas que pessoas portadoras de cegueira congênita são capazes de se expressar por meio da linguagem pictórica - através, por exemplo, de desenhos em relevo - como, também, que os signos tátil-visuais produzidos por cegos são, em termos sintáticos, muito próximos daqueles construídos pelos que enxergam, apresentando, sugerem alguns pesquisadores (ibid.), apenas uma simplificação da linguagem visual adotada por videntes. Tal problemática desvela-se como uma questão de tradução intersemiótica: informações captadas pelos sistemas háptico e visual com o potencial de gerar representações similares e, quem sabe assim, signos tátil-visuais capazes de mediar à comunicação entre cegos e aqueles que vêem. Nesse ponto reside o objetivo desta proposta: o de compreender como - e se - a linguagem pictórica pode se configurar, de fato, enquanto interface para videntes e portadores de cegueira, meio acessível e inteligível a ambos. Conforme aferido no mestrado (Santos, 2008), uma das grandes angústias das pessoas cegas é, exatamente, a incapacidade em acessar e construir os signos visuais tão importantes ao resto da sociedade. A necessidade do recorte conduziu a escolha, dentro da pesquisa, em se trabalhar com os hipoícones peirceanos: imagens (similaridade por aparência), diagramas (similaridade por relações internas) e metáforas (similaridade por sugestão), considerando serem eles, longe de mera taxonomia significam, reveladores de três tipos de cognição/apreensão do mundo. Como percurso metodológico será desenvolvidos uma série de experimentos com portadores de cegueira e videntes para a produção de desenhos, nos quais se evidenciem, predominantemente, os aspetos imagético, diagramático e metafórico, possibilitando, a posteriori, comparar essas dimensões e suas linguagens para os grupos referidos. Ao final, espera-se poder discutir até que ponto o que se toma por sintaxe pictórica é exclusivo dos sentidos captados pela visão, bem como, em que medida, as qualidades materiais presentes nos suportes usados para representar figuras - no caso, o papel - interferem na elaboração das mesmas. (AU)

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