Aspectos sócio-culturais do fumo na América portuguesa (1555-1711)

• Processo: 10/19461-0
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
• Data de Início da vigência: 01 de março de 2011
• Data de Término da vigência: 31 de dezembro de 2011
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - História - História do Brasil
• Pesquisador responsável: Jean Marcel Carvalho França
• Beneficiário: Fernando Marques de Mello Júnior
• Instituição Sede: Faculdade de Ciências Humanas e Sociais (FCHS). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Franca. Franca , SP, Brasil
• Assunto(s): Tabaco Período Colonial (1500-1822) Fumo
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Brasil colônia | fumo | tabaco | História do Brasil colonial

Resumo

Planta nativa do continente americano, o tabaco (nicotiana tabacum) foi amplamente utilizado pelos colonos da América portuguesa praticamente desde o inicio da colonização. Constantemente empregado pelos nativos, principalmente em rituais mágico-religiosos e na cura de diversos "males da terra", a erva, em pouco tempo, ganhou espaço entre os portugueses, negros e mestiços em virtude, principalmente, de suas propriedades medicinais, pois era tida pelos colonos como eficiente para combater uma série de doenças do novo continente. O presente estudo, porém, pretende analisar o uso recreativo do tabaco. Lançando mão da análise de alguns documentos produzidos ao longo do período colonial - relatos de viajantes que passaram pelo território durante o período e, também, descrições e tratados deixados, sobretudo, pelos missionários jesuítas e franciscanos - a pesquisa buscará compreender a maneira como o tabaco transformou-se de erva utilizada somente pelos "bárbaros" nativos em uma das drogas mais diletas dos civilizados para acompanhar os seus momentos de ócio. Pode-se dizer que o ócio tenha sido, talvez, o principal propagador do uso recreativo do tabaco pelos colonos, já que, em terras desconhecidas e de clima tão desagradável aos europeus, o petum era uma ótima alternativa para passar o tempo. Desta forma, cada vez mais os colonos pareciam se entregar ao irresistível prazer de desfrutar das inúmeras propriedades benéficas da erva santa para matar o tempo nas tardes e noites de calor do novo continente.