Bolsa 12/00313-6 - Células dendríticas, Imunoterapia - BV FAPESP
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Células dendríticas: elementos integradores do sistema imune

Processo: 12/00313-6
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Programa Capacitação - Treinamento Técnico
Data de Início da vigência: 01 de fevereiro de 2012
Data de Término da vigência: 31 de julho de 2012
Área de conhecimento:Ciências Biológicas - Imunologia - Imunologia Celular
Pesquisador responsável:Jose Alexandre Marzagão Barbuto
Beneficiário:Elizabeth Alexandra Flatow
Instituição Sede: Instituto de Ciências Biomédicas (ICB). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:09/54599-5 - Células dendríticas: elementos integrados do sistema imune - enfoque aplicado, AP.TEM
Assunto(s):Células dendríticas   Imunoterapia
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:células dendríticas | imunoterapia | Saúde

Resumo

A resposta imunológica requer a ativação da imunidade inata e adquirida, e estas estão intimamente ligadas e apresentam uma interregulação. Um componente da resposta imune inata relacionado com a modulação da resposta adquirida é a célula dendrítica. Células dendríticas são células acessórias imunes derivadas da medula óssea e encontradas em tecidos epiteliais e linfóides; consideradas as principais células apresentadoras de antígenos e são responsáveis pela ativação de linfócitos T naïve. Estas células foram primeiramente identificadas em 1868, na epiderme, e nomeadas células de Langerhans. A presença destas células em outros tecidos foi notada somente em 1973 por Steinman. No organismo, precursores de células dendríticas podem ser encontrados no sangue e em outros tecidos, onde se diferenciam inicialmente como células dendríticas imaturas. Após a captura de antígenos, na presença de mediadores inflamatórios, as células maduras ativam linfócitos T nos órgãos linfóides secundários. Durante a maturação, o fenótipo das células dendríticas altera-se bastante. As moléculas CD (cluster of differentiation) se referem a uma coleção de anticorpos monoclonais que são específicos para os diferentes marcadores linfocitários. O sistema CD fornece uma maneira uniforme de identificar as moléculas nas superfícies dos linfócitos, das APCs e outros tipos de células do sistema imunológico. Acredita-se que as células imaturas possuem altos níveis de alguns receptores para quimiocinas (CCR) como CCR1, CCR5 e CCR6, baixos níveis de CCR7 e das moléculas coestimuladoras CD80, CD86 e CD40. Enquanto isso, as células maduras caracterizam-se pela grande expressão de moléculas de MHC classe II, CCR7, moléculas coestimuladoras como CD80, CD86, CD40. Ou seja, a maturação transforma uma célula captadora de antígenos em uma eficiente célula apresentadora, provocando uma mudança essencial ao desenvolvimento da resposta imune. O processo de diferenciação de células dendríticas in vitro é regulado por citocinas. Foi observado que células mononucleares aderentes, isoladas do sangue periférico humano, diferenciam-se em células dendríticas que podem, por sua vez, ser mantidas em cultura na presença das citocinas GM-CSF e IL-4 e meio de cultura. A linhagem do tecido, o estágio de maturação ou o status de ativação de uma célula podem ser determinados pela análise de expressão intracelular de diferentes moléculas de superfície ou no interior da célula. Para isso, células são incubadas com sondas fluorescentes; mais frequentemente, essas sondas são anticorpos marcados com fluorocromos específicos para uma molécula de superfície. As células diferenciadas podem ser caracterizadas fenotipicamente, por meio de marcadores de membranas, e são consideradas células dendríticas se forem positivas para a presença dos marcadores CD1a, CD11c, CD40, CD80, CD83, CD86 e HLA-DR. O potencial das células dendríticas tem sido explorado na imunoterapia do câncer. Alguns estudos demonstram que um número significante de pacientes imunizados com células dendríticas, estimuladas com antígenos tumorais, apresenta uma clara regressão do tumor. Nosso laboratório tem mostrado que a vacinação com um híbrido de células dendríticas alogenêicas derivadas de monócitos e células tumorais induz a recuperação da função de células dendríticas em pacientes com melanoma ou carcinoma renal metastáticos. Com isso, os objetivos da bolsa de treinamento técnico dentro do projeto temático são padronizar os métodos de cultura e diferenciação de células dendríticas humanas a partir de precursores presentes no sangue periférico de doadores saudáveis, digestão de fragmentos tumorais e obtenção das células tumorais de pacientes que serão utilizadas na hibridização com células dendríticas e posteriormente vacinados e treinamento, padronização e análise de dados por citometria de fluxo. (AU)

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