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Nomes próprios na literatura à luz da análise do discurso: perspectivas de pesquisa

Processo: 13/12183-2
Modalidade de apoio:Bolsas no Exterior - Estágio de Pesquisa - Doutorado
Data de Início da vigência: 16 de setembro de 2013
Data de Término da vigência: 15 de julho de 2014
Área de conhecimento:Linguística, Letras e Artes - Linguística - Teoria e Análise Lingüística
Pesquisador responsável:Roberto Leiser Baronas
Beneficiário:Samuel Ponsoni
Supervisor: Dominique Maingueneau
Instituição Sede: Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH). Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). São Carlos , SP, Brasil
Instituição Anfitriã: Université Paris-Sorbonne (Paris 4), França  
Vinculado à bolsa:11/09881-4 - Ética, estética e ethos discursivo como processos de subjetivação e incorporação de sujeitos em narrativas literárias brasileiras, BP.DR
Assunto(s):Nomes próprios   Análise do discurso
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Discurso literário | nomes próprios | Resistência | Saberes identitários | Análise do Discurso

Resumo

Neste projeto, abordamos um possível deslocamento na pesquisa de doutorado em desenvolvimento, a qual, de uma perspectiva teórica da Análise do Discurso francófona, analisa como algumas narrativas literárias brasileiras criaram discursivamente subjetividades e saberes de resistência que incorporaram lugares de sentidos a seus interlocutores contra um dos períodos ditatoriais brasileiro (1964-1985), no qual havia grande cerceamento daquilo que era ou não possível de ser dito/lido social e politicamente. Esta hipótese se dá ao perscrutarmos a envergadura enunciativa destes textos analisados por meio da formação dos nomes próprios dados a personagens. A formação do nome próprio, Michel Pêcheux, é o grau mais saturado de interpelação ideológica, resultante da mais alta determinação de identificação com elementos que circunscrevem efeitos ideológicos das práticas discursivas. Pêcheux utiliza a ideia de nome próprio como interpelação ideológica para contra-argumentar estudos de Gottlob Frege. Para este, nomes próprios têm seu significado lógico construído a partir das referências criadas nas sentenças, atribuindo-lhes referentes passíveis de interpretação em qualquer "mundo" possível. Sendo assim, as diferenças dos estudos discursivos pecheutianos em relação aos de Frege residem em dizer que o nome já está em saturação de significado, pois as referências não estão ligadas diretamente ao número de atributos criados, e sim elas têm a ver com a mobilização identitária nas práticas discursivas que são enunciadas em qualquer materialização da linguagem pelos sujeitos dos discursos. Nossa fundamentação observará como essas mobilizações históricas se encaixam nas narrativas, compondo não só ações e nomes das personagens, mas o que isso pode representar e ser entendido como certo trajeto de interpretação e construção de sentidos para os sujeitos resistirem. (AU)

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