Busca avançada
Ano de início
Entree

As interjeições do português brasileiro na perspectiva da semântica e da pragmática formais

Processo: 14/05053-8
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Data de Início da vigência: 01 de junho de 2014
Data de Término da vigência: 31 de maio de 2015
Área de conhecimento:Linguística, Letras e Artes - Linguística - Linguística Aplicada
Pesquisador responsável:Renato Miguel Basso
Beneficiário:Ariane Teixeira
Instituição Sede: Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH). Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). São Carlos , SP, Brasil
Assunto(s):Semântica formal   Português do Brasil   Interjeição   Metalinguagem
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Interjeição | Português brasileiro | Pragmática formal | semântica | Semântica Formal

Resumo

De todas as classes de palavras historicamente consideradas, a das interjeições é certamente aquela que recebeu menos atenção nas gramáticas. Por exemplo, nas gramáticas do português cabe a elas o espaço de uma lista, prefaciada por informações vagas como "as interjeições expressam sentimentos e/ou emoções". Ao lado de um inventário mais ou menos fechado de interjeições, às vezes as gramáticas mencionam as "locuções interjetivas", que, como os outros tipos de locuções, seriam em princípio uma classe aberta - em contraste com as interjeições, que, supostamente, seriam uma classe fechada -, cujos membros são constituídos por dois ou mais itens lexicais. A ideia de que as interjeições (e as locuções interjetivas) tenham por função a "expressão de sentimentos e emoções" é, se não equivocada, pelo menos extremamente imprecisa e não serve para isolar uma classe de palavras. O equívoco presente nessa definição se dá porque as interjeições fazem muito mais do que relacionar-se à expressão de sentimentos - elas podem ser usadas como marcadores discursivos e argumentativos. Sendo assim, a ideia de expressar sentimentos não é necessária para definir as interjeições, e também não é suficiente para tanto, simplesmente porque podemos expressar sentimentos e emoções com palavras de outras classes que não a classe das interjeições. Logo, para além de uma lista, o que a gramática diz sobre as interjeições não serve como guia mínimo sobre esses itens. O quadro fica ainda mais complicado quando constatamos que as interjeições, ao contrário do que certas gramáticas e manuais nos levam a pensar, fazem sim parte da gramática de uma língua. Não podemos, por exemplo, considerar que alguém aprendeu a falar ou fala português se não souber usar e interpretar as interjeições. Diante dessa situação, o presente projeto de iniciação científica tem por objetivo principal suprir essa lacuna e oferecer uma descrição gramatical das interjeições do português brasileiro. Para tanto, lançaremos mãos das ferramentas encontradas na semântica e na pragmática formais das línguas naturais. A justificativa para lançar mão dessas teorias e de seu arcabouço conceitual está no fato de as teorias formais explicitarem, através de uma metalinguagem lógico-matemática, qual é a contribuição proposicional - se é que há alguma - do(s) item(s) sob investigação.

Matéria(s) publicada(s) na Agência FAPESP sobre a bolsa:
Mais itensMenos itens
Matéria(s) publicada(s) em Outras Mídias ( ):
Mais itensMenos itens
VEICULO: TITULO (DATA)
VEICULO: TITULO (DATA)