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Lectinas imunomoduladoras derivadas de Toxoplasma gondii conferem proteção contra a infecção com Leishmania major?

Processo: 14/13259-5
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Data de Início da vigência: 01 de outubro de 2014
Data de Término da vigência: 30 de setembro de 2015
Área de conhecimento:Ciências Biológicas - Imunologia - Imunoquímica
Pesquisador responsável:Maria Cristina Roque Antunes Barreira
Beneficiário:Arthur Cadamuro Guedes
Instituição Sede: Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP). Universidade de São Paulo (USP). Ribeirão Preto , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:13/04088-0 - Lectinas de patógenos, AP.TEM
Assunto(s):Glicobiologia   Leishmaniose   Leishmania major   Imunomodulação   Lectinas   Toxoplasma gondii   Técnicas in vitro   In vivo
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Imunomodulação | Lectina de Toxoplasma gondii | Leishmania major | Glicobiologia

Resumo

A leishmaniose é uma doença endêmica no Brasil. Existem mais de 20 espécies diferentes do gênero Leishmania, que podem causar lesões cutâneas ou formas viscerais, as quais são muitas vezes letais. O tratamento das leishmanioses baseia-se no uso de antimoniais pentavalentes. Eles são eficientes na maioria dos casos, mas podem ser tóxicos e falham em formas graves da doença, na dependência de fatores como a variação de sensibilidade das diferentes espécies de parasito, e sua capacidade de desenvolver resistência a drogas. Em geral, a infecção suscita resposta imunitária vigorosa, mas o parasito dispõe de mecanismos de evasão do sistema imune, como regulação da apresentação de antígenos por APCs, inibição da produção de citocinas, inibição da lise pelo complemento, entre outros. A resposta imune do padrão Th1 confere resistência contra a infecção, enquanto o desenvolvimento de uma resposta Th2 confere suscetibilidade. Sendo assim, imunoterapias que aumentem a magnitude de respostas Th1 contra o parasito podem representar uma estratégia importante no combate à doença. Neste sentido, nosso grupo demonstrou que as lectinas de micronema de Toxoplasma gondii, TgMIC1 e TgMIC4, induzem macrófagos murinos a produzirem citocinas pró-inflamatórias, como TNF-±, IL-6, IL-1² e IL-12, sendo que a última tem papel chave na indução de respostas Th1. Os resultados observados in vitro nos permitiram propor que o uso profilático da lectina in vivo fosse capaz de induzir o desenvolvimento de respostas Th1 e favorecer a proteção contra infecções por patógenos intracelulares. Essa hipótese foi confirmada no caso do modelo murinho de toxoplasmose. Esse modelo não nos permite discriminar, com precisão, a contribuição das respostas inatas e adaptativas, razão pela qual nos propomos a estudar o efeito da administração de lectinas de T.gondii sobre a infecção por L. major. Supomos que, camundongos BALB/c, que são naturalmente suscetíveis à infecção por L. major por desenvolverem uma resposta Th2 ao parasita, o tratamento com TgMIC1 e TgMIC4 de T. gondii possa auxiliar no desenvolvimento de respostas Th1 com concomitante resistência à infecção. Para tanto, camundongos BALB/c serão imunoestimulados previamente com TgMIC1 ou TgMIC4 e, após 10 dias serão infectadas, na pata, com L. major. Avaliaremos o perfil de resposta imune através da quantificação de citocinas no linfonodo poplíteo, bem como acompanharemos o desenvolvimento da lesão e a carga parasitária dos camundongos infectados.

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