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Aquisição de discriminação visual entre estímulos compostos e avaliação de controle pelos componentes em abelhas (Melipona quadrifasciata)

Processo: 16/04834-1
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Data de Início da vigência: 01 de agosto de 2016
Data de Término da vigência: 31 de julho de 2017
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Psicologia
Pesquisador responsável:Deisy das Graças de Souza
Beneficiário:Natália Rodrigues Biscassi
Instituição Sede: Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH). Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). São Carlos , SP, Brasil
Assunto(s):Discriminação visual   Controle comportamental   Estímulo composto   Luz visível   Abelhas   Melipona quadrifasciata
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Abelhas | aprendizagem discriminativa | Controle por elementos | Análise Experimental do Comportamento

Resumo

A expressão controle por elementos se refere à aprendizagem discriminativa com limitações na extensão do controle discriminativo exercido pelos aspectos do estímulo correlacionado com reforço. Qualquer estímulo possui muitas dimensões e quando o reforço é contingente a uma resposta na presença de um estímulo composto (complexo), a contingência será atendida mesmo se o comportamento ocorrer sob controle de apenas um dos elementos do composto, o que caracterizaria o controle elementar. Este tipo de fenômeno tem sido relatado em estudos com indivíduos com desenvolvimento típico e atípico (crianças com autismo e com déficit intelectual). Pesquisas sobre controle elementar em não humanos podem ajudar a determinar as variáveis envolvidas na ocorrência desse fenômeno, com implicações para sua identificação e controle em situações naturais. Em um estudo preliminar com abelhas, conduzido neste laboratório, todos os quatro sujeitos responderam sob controle discriminativo de todos os elementos de um estímulo visual composto, isto é, sem controle elementar. Contudo, o reduzido número de sujeitos colocou em dúvida a generalidade dos dados. Em estudo subseqüente, pretendeu-se replicar e estender os achados do estudo original a um número maior de sujeitos, expondo cada abelha a um maior número de sondas para avaliar o responder a cada elemento do estímulo composto. Doze abelhas receberam treino de discriminação simples (linha de base) e teste de controle elementar. O critério de aprendizagem na linha de base foi de pelo menos 90% de acertos em dois blocos consecutivos de 20 tentativas, em um mínimo de 80 tentativas de treino. Para metade das abelhas, o estímulo positivo (S+) foi um círculo com borda branca e centro azul e o S- foi um círculo com borda preta e centro amarelo; para a outra metade, a função dos estímulos foi invertida. Na fase de sondas, os estímulos eram decompostos em dois elementos (uma borda circular e o círculo cheio que era o centro no composto) positivos e dois negativos, sendo analisada a frequência de pouso sobre cada componente. Para cada sujeito, foram realizadas 16 sondas de controle elementar. Oito abelhas não apresentaram controle elementar e quatro apresentaram controle elementar pelo componente positivo interno do estímulo composto. Na média, observou-se predominância geral no responder ao componente positivo localizado na parte interna do disco (denominado componente S+ mais forte). O componente positivo localizado na parte externa do disco também controlou o comportamento das abelhas, porém em grau menor. De forma análoga, o componente negativo localizado na parte interna do disco foi o mais rejeitado (componente S- mais forte). No espectro visual desta espécie de abelha, as cores azul e amarelo são melhores percebidas do que as cores pretas e branca. Logo, o padrão de respostas observado pode ser devido a uma maior percepção destas cores pelas abelhas e não pela posição dos elementos nos compostos. Para uma maior consistência na interpretação dos resultados, o presente estudo pretende replicar o procedimento com mais doze abelhas, invertendo a posição das cores no disco, apresentando um círculo com borda azul e centro branco e um círculo com borda amarela e centro preto. Além disso, será adicionado um teste de preferência em extinção similar à fase de sondas, com 16 tentativas para verificar preferência pela borda ou pelo centro dos estímulos tanto positivos quanto negativos, intercaladas por tentativas de linha de base. Tal preferência será avaliada pela apresentação simultânea dos componentes positivos em oito das 16 tentativas de teste previstas; no restante das tentativas de teste, os componentes negativos serão apresentados simultaneamente. (AU)

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