Investigação do papel da microglia derivada de iPSC no Transtorno do Espectro do A...
- Auxílios pontuais (curta duração)
Processo: | 16/02978-6 |
Linha de fomento: | Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado |
Vigência (Início): | 01 de julho de 2016 |
Vigência (Término): | 30 de junho de 2019 |
Área do conhecimento: | Ciências Agrárias - Medicina Veterinária |
Convênio/Acordo: | Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) |
Pesquisador responsável: | Patricia Cristina Baleeiro Beltrão Braga |
Beneficiário: | Fabiele Baldino Russo |
Instituição-sede: | Instituto de Ciências Biomédicas (ICB). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil |
Assunto(s): | Transtorno autístico Modelos animais Neurônios Astrócitos |
Resumo Estudar a biologia do autismo é um desafio por conta da falta de acesso às células do sistema nervoso dos pacientes. O transtorno do espectro do autismo (TEA) é um distúrbio do neurodesen-volvimento associado com elevado prejuízo funcional, onde os pacientes apresentam alterações comportamentais como movimentos repetitivos e estereotipados, déficit de comunicação e problemas de sociabilização. A prevalência mundial do TEA é muito elevada, sendo cerca de 1% da população mundial. O diagnóstico dos pacientes com TEA ocorre geralmente aos três anos de idade, sendo mais comum em meninos. Em 2007 foi descrito por Takahashi & Yamanaka uma tecnologia capaz de gerar células-tronco pluripotentes (chamadas em inglês de Induced Pluripotent Stem Cells, iPSC) a partir de células somáticas humanas e, essa importante ferramenta, abriu portas para gerar modelos celulares para estudar doenças in vitro. Nosso grupo vem realizando a modelagem do autismo idiopático in vitro para estudar alguns fenótipos neuronais. Dentre os nossos resultados preliminares, conseguimos obter alguns dados que nos levaram a acreditar que não apenas os neurônios, mas também os astrócitos do sistema nervoso central (SNC) dos pacientes com TEA tem um papel fundamental para o desenvolvimento do fenótipo autista. De maneira geral, as células da glia fazem a manutenção do SNC, controlam a neurogênese, dão suporte para a sinaptogênese, fazem a manutenção das sinapses e dão suporte e nutrição aos neurônios. De acordo com nossos resultados preli-minares, astrócitos de indivíduos neurotípicos (controles) foram capazes de resgatar parcialmente o fenótipo dos neurônios dos pacientes com TEA. Baseados nestes dados, este projeto pretende investigar in vitro o papel dos astrócitos na interação com neurônios de pacientes com TEA, buscando a identificação de possíveis vias relevantes e responsáveis pelo fenótipo de autismo. Ainda, a partir do transplante de astrócitos saudáveis em modelos animais com autismo, pretendemos testar se é possível alterar ou até mesmo resgatar o fenótipo autista in vivo. (AU) | |