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Efeitos do ácido docosahexaenóico individualmente ou em combinação com éster de ftalato no testículo fetal de camundongo

Processo: 16/10381-0
Modalidade de apoio:Bolsas no Exterior - Estágio de Pesquisa - Doutorado
Vigência (Início): 27 de junho de 2016
Vigência (Término): 30 de agosto de 2016
Área do conhecimento:Ciências Biológicas - Morfologia - Citologia e Biologia Celular
Pesquisador responsável:Rejane Maira Góes
Beneficiário:Caroline Maria Christante
Supervisor: Livera Gabriel
Instituição Sede: Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas (IBILCE). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de São José do Rio Preto. São José do Rio Preto , SP, Brasil
Local de pesquisa: Institut National de la Santé et de la Recherche Médicale (Inserm), França  
Vinculado à bolsa:13/19591-9 - Estudos experimentais do efeito do di-n-butil ftalato e do mono-(2-etilhexil) ftalato sobre o desenvolvimento testicular de roedores, BP.DR
Assunto(s):Biologia celular   Gonócito   Camundongos   Cultura organotípica
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:ácido docosahexaenóico | camundongo | cultura organotípica | Gonócito | mono-(2-etilhexil) ftalato | testículo fetal | Biologia Celular

Resumo

Ftalatos são substâncias endócrinas ativas (SEA) amplamente utilizadas como plastificantes. Entre os SEA, o di-(etilhexil) ftalato (DEHP) é um desregulador endócrino muito relevante (DE) para a exposição humana. Após absorção, o DEHP é rapidamente hidrolisado em mono-(2-etilhexil) ftalato (MEHP), o seu metabólito ativo. Muitos estudos confirmaram os efeitos tóxicos da exposição ao MEHP para a reprodução, tais como perturbações nos hormônios reprodutivos, diminuição da distância anogenital e perda de células germinativas, no feto. Evidências recentes indicam que os ftalatos interferem nas vias de sinalização de alguns receptores nucleares (RN) e desregulam o metabolismo de lipídios no testículo fetal humano. O MEHP é ligante de PPAR gama (PPARy) e a diminuição da expressão de RNAm para este receptor foi relacionada à redução no número de gonócitos seguida da exposição in vitro de testículo fetal humano ao MEHP. Entretanto, ao contrário dos ftalatos, o ácido docosahexaenóico (22: 6 n-3), um ácido graxo polinsaturado de cadeia longa (APCL) abundantemente encontrado em algumas espécies de peixe, parece ter efeitos benéficos sobre o sistema reprodutor masculino, especialmente sobre a espermatogênese e a motilidade dos espermatozoides. A suplementação de APCL tem sido recomendada em todo o mundo para mulheres grávidas, mas as conseqüências da exposição in utero ao DHA sobre o desenvolvimento dos testículos ainda são desconhecidas. Estudos em diferentes tecidos têm mostrado que o DHA pode afetar a sinalização de alguns RN, incluindo o PPARy. Assim, o objetivo deste projeto é examinar os efeitos diretos do DHA no desenvolvimento do testículo de camundongo, e também avaliar se o DHA age sobre os efeitos adversos da exposição ao MEHP. Nossas análises serão baseadas em um poderoso sistema de cultura de órgão, previamente estabelecido pelo grupo de pesquisa com o qual este trabalho será realizado. Resumidamente, um testículos de cada embrião será cultivados durante 3 dias com 0,1% de DMSO (controle), ou 20uM de MEHP, ou 50 uM de DHA ou ambos (20uM de MEHP mais 50 uM de DHA). Os testículos serão processados para microscopia de luz e o número total de gonócitos será determinado com base em ensaios imunocitoquímicos para o hormômio anti-Müleriano (HAM). A cinética de proliferação e de morte destas células serão avaliadas pela medição de incorporação de BrdU (5-bromo-2-desoxiuridina), e através da combinação de marcação para o HAM (um marcador específico de células de Sertoli) e caspase-3 clivada, respectivamente. Os níveis plasmáticos de testosterona também serão considerados. Os níveis de transcrição de PPAR será avaliado por qPCR e a separação de populações celulares pela técnica de citometria de fluxo será utilizada para investigar os efeitos do MEHP e do DHA em populações de células somáticas e gonócitos. A análise aqui proposta irá fornecer novas informações sobre a ação fisiológica do DHA no testículo fetal e as possíveis implicações da suplementação materna com este APCL, bem como sua interferência sobre os efeitos dos ftalatos.

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