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Ressignificações do bordado arpillera no baixo Xingu e Alto Ribeira

Processo: 16/18776-3
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de abril de 2017
Data de Término da vigência: 31 de maio de 2021
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Antropologia
Pesquisador responsável:Antonio Augusto Arantes Neto
Beneficiário:Ralyanara Moreira Freire
Instituição Sede: Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
Assunto(s):Mulheres   Artesãos   Artesanato   Identidade de gênero
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Antropologia | Arpillera | Cultura e Política | Gênero | Impacto de grandes projetos | Ressignificações | Cultura e política: gênero

Resumo

Grupos de mulheres em diferentes regiões do Brasil vêm transformando retalhos de tecidos, agulhas e linhas em narrativas do cotidiano. Seus bordados adotam a linguagem das arpilleras, criada em Isla Negra, Chile. Eles denunciam experiências de exploração sexual e violência, assim como perdas socioambientais diretas ou provocadas indiretamente pela construção de grandes barragens. Ao se reunirem para bordar, essas mulheres refletem sobre sua nova realidade, fortalecem a sua coesão enquanto grupo e alimentam a consciência de sua condição de gênero. Esses processos acrescentam aos bordados, enquanto formas de expressão, o sentido de ferramenta política de denúncia feminina. Em face dessa realidade, este projeto propõe-se a pesquisar os novos usos e sentidos do bordado arpillera, tal como praticado por mulheres impactadas por barragens no Brasil. A hipótese é que as apropriações e ressignificações dessa forma de expressão disseminada pelo MAB - Movimento dos Atingidos por Barragens - revelam experiências de perda, ao mesmo tempo em que alimentam e fortalecem sentidos de identidades e territorialidades, empoderando mulheres no contexto das relações de gênero, em particular em relação às conjunturas locais. Para tanto, a pesquisa pretende focalizar a criação de arpilleras no contexto da vida cotidiana de mulheres em Altamira, Estado do Pará, localizada na parte baixa do rio Xingu, e em Iporanga, Estado de São Paulo, no alto do Ribeira, assim como a circulação desses bordados para além das localidades onde são criados. O estudo será desenvolvido a partir da observação participante e pautado pela bibliografia antropológica pertinente, tendo a comparação como perspectiva de análise.

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Publicações acadêmicas
(Referências obtidas automaticamente das Instituições de Ensino e Pesquisa do Estado de São Paulo)
FREIRE, Ralyanara Moreira. Cerzindo o tecido social: ressignificações do Bordado Arpillera e a vida de atingidas por Belo Monstro. 2021. Tese de Doutorado - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Filosofia e Ciências Humanas Campinas, SP.