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Razão de Estado e propaganda na Monarquia Hispânica: os debates dos agentes políticos durante a guerra civil-religiosa francesa (1580-1598)

Processo: 17/05708-2
Modalidade de apoio:Bolsas no Exterior - Estágio de Pesquisa - Doutorado
Data de Início da vigência: 11 de setembro de 2017
Data de Término da vigência: 10 de setembro de 2018
Área de conhecimento:Ciências Humanas - História - História Moderna e Contemporânea
Pesquisador responsável:Ana Paula Torres Megiani
Beneficiário:Marcella Fabiola Gouveia Moreira de Miranda
Supervisor: Jose Maria Inurritegui Rodriguez
Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Instituição Anfitriã: Universidad Nacional de Educación a Distancia (UNED), Espanha  
Vinculado à bolsa:15/25086-0 - Razão de Estado na Monarquia Hispânica: os debates dos agentes políticos durante a guerra civil-religiosa francesa (1580-1598), BP.DR
Assunto(s):Ideologia política   História da França   História da Espanha
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:guerras de religião | Monarquia Hispânica | Razão de Estado | Teoria Política | História Ibérica Moderna

Resumo

Este projeto tem o objetivo de pesquisar a constituição da rede de agentes políticos da Monarquia Hispânica durante os conflitos civis e religiosos na França, particularmente entre o período 1580-1598, responsáveis pela circulação de notícias e ideias, com o intuito de compreender quais imagens da monarquia de Espanha estavam sendo elaboradas por estes personagens. Parte-se do pressuposto que este escopo de saberes e informações foi fundamental para a condução da política externa de Felipe II durante o último decênio do seu reinado. A partir da documentação analisada, pretende-se investigar as ideias políticas elaboradas por estes agentes, com ênfase na construção do discurso da hispanofilia e o debate em torno da teoria da razão de Estado. Desse modo, pretende-se investigar a relação entre este conjunto de ideias e o pensamento político mais amplo, a partir do diálogo com os tratadistas políticos, de modo a entender como a teoria e a prática se imiscuem diante dos desafios intelectuais colocados pela violência das guerras de religião na França e a necessidade de uma mediação que colocasse em pauta a tolerância religiosa e a paz com os protestantes. Por outro lado, a intensidade dos conflitos colocou em xeque a própria arte de governar, provocando uma nova reflexão do político que era informada pela crueza da prática e das experiências da governança. Foi nesse cenário tumultuoso que se propagou a ideia da razão de Estado, um discurso que, a priori, parecia legitimar as ações do soberano em nome da salvação do Estado. No entanto, na prática, este discurso se revelou bastante fluido e fragmentado, sendo mobilizado tanto pelos católicos como pelos protestantes para defender as suas causas. Após a apresentação dos fundamentos dessa pesquisa, vamos identificar os quatro agentes que são nosso objeto principal. São eles: don Bernardino de Mendoza, embaixador em Londres e Paris (1584-1591), tradutor da Política de Justo Lípsio para o castelhano e autor de várias obras, Juan Bautista de Tassis, embaixador em Paris (1580-1584), vedor geral do exército de Flandres e conselheiro da monarquia, don Diego de Ibarra, vedor geral do exército de Flandres e membro do conselho de Estado, e don Lorenzo Suárez Figueroa, II Duque de Feria, representante de Felipe II na reunião dos Estados Gerais em 1593. A escolha destes homens se justifica porque eles deixaram um material vasto e significativo, que permite entender como o discurso da razão de Estado foi apropriado e utilizado no mundo da prática política.

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