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Avaliação da disbiose e de marcadores de permeabilidade intestinal em pacientes com Diabetes tipo 2

Processo: 19/01502-6
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Data de Início da vigência: 01 de março de 2019
Data de Término da vigência: 31 de agosto de 2019
Área de conhecimento:Ciências Biológicas - Imunologia
Pesquisador responsável:Gislane Lelis Vilela de Oliveira
Beneficiário:Amanda Soares Dantas
Instituição Sede: Faculdade de Ciências da Saúde de Barretos Dr Paulo Prata (FACISB). Barretos , SP, Brasil
Assunto(s):Diabetes mellitus tipo 2   Síndrome metabólica   Microbioma gastrointestinal   Sistema imune   Disbiose   Permeabilidade   Reação em cadeia por polimerase (PCR)   Avaliação clínica   Consentimento esclarecido   Inquéritos e questionários
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Diabetes tipo 2 | Disbiose intestinal | Endotoxemia metabólica | microbioma gastrointestinal | Permeabilidade intestinal | Zonulina | Interação microbiota x sistema imune

Resumo

Nos seres humanos, mais de cem trilhões de microrganismos, principalmente bactérias, colonizam o trato oral-gastrointestinal, e compreendem a chamada microbiota. As contribuições mais importantes da microbiota ao hospedeiro incluem a digestão e fermentação de carboidratos, produção de vitaminas, desenvolvimento de tecidos linfoides associados à mucosa, manutenção da barreira epitelial, polarização de respostas imunes específicas e a prevenção da colonização por patógenos. No entanto, quando essa relação de mutualismo está desregulada, processo conhecido como disbiose, a microbiota intestinal pode causar ou contribuir para o desenvolvimento doenças crônicas, inflamatórias e autoimunes. Nesse sentido, alterações na microbiota intestinal vem sendo associadas à síndromes metabólicas, como obesidade, resistência à insulina e diabetes tipo 2 (DM-2), envolvendo alterações tanto na abundância quanto na representatividade dos grupos de bactérias comensais. Além disso, o aumento da permeabilidade intestinal e a translocação bacteriana vêm sendo associada à endotoxemia metabólica, inflamação de baixo grau e resistência à insulina. Segundo dados recentes da Federação internacional de diabetes, o número de pessoas acometidas pela doença deverá aumentar de 366 milhões para 552 milhões de pessoas em todo o mundo até 2030. Pesquisadores têm feito esforços no sentido de esclarecer o papel da microbiota intestinal no desenvolvimento do DM-2, no entanto, a relação da disbiose com a inflamação encontrada em síndromes metabólicas, tais como na obesidade, resistência insulínica e no DM-2 ainda não está esclarecida. Sendo assim, o objetivo geral deste projeto será caracterizar a microbiota intestinal de pacientes com DM-2 e correlacionar estes dados à marcadores de permeabilidade intestinal, e também à dieta e achados clínicos, tais como, índice de massa corporal, nível de glicose, hemoglobina glicada e níveis de insulina. Este projeto foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa do Hospital de Câncer de Barretos (Processo 904/2014) e os participantes assinarão o termo de consentimento livre e esclarecido e responderão ao instrumento de coleta de dados. O estudo incluirá 30 pacientes com DM-2 e 30 indivíduos sadios, que constituirão o grupo controle. Serão colhidas amostras de fezes para a caracterização da microbiota intestinal por PCR em tempo real, e amostras de sangue periférico para dosagem de zonulina no soro de pacientes e controles por ELISA. A análise estatística será realizada pelo teste Qui-quadrado de Pearson, Mann-Whitney e correlação de Spearman. Esperamos encontrar diferenças na composição da microbiota intestinal e na concentração de zonulina em pacientes com DM-2 em relação ao grupo controle. Estudos adicionais são necessários, e possivelmente a prevenção do DM-2 no futuro envolva intervenções direcionadas para a modulação da microbiota intestinal e permeabilidade intestinal, por meio da dieta alimentar e administração de probióticos como forma de modulação da endotoxemia metabólica, prevenção da obesidade e do DM-2.

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