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Desconstruindo o documentário "Nuestra Haydée" (Esther Barroso, 2015): a representação da atuação política de uma heroína da Revolução Cubana

Processo: 19/08431-7
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Mestrado
Data de Início da vigência: 01 de julho de 2019
Data de Término da vigência: 30 de setembro de 2021
Área de conhecimento:Ciências Humanas - História - História da América
Pesquisador responsável:Mariana Martins Villaça
Beneficiário:Carolina de Azevedo Müller
Instituição Sede: Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (EFLCH). Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Campus Guarulhos. Guarulhos , SP, Brasil
Assunto(s):História de Cuba   Revolução Cubana   Guerrilha   Guerrilheiros   Documentário
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Documentário cubano | Haydée Santamaría | heroínas nacionais | relações de gênero em Cuba | Revolução Cubana | História de Cuba

Resumo

Esta pesquisa pretende analisar o documentário cubano "Nuestra Haydée" (2015), produzido pela Casa de las Américas e Cubavisión Internacional, com roteiro e direção da jornalista e cineasta cubana Esther Barroso (1968-). Este documentário trata da trajetória da cubana Haydée Santamaría (1922-80), guerrilheira do Movimiento 26 de Julio (movimento cujas ações ocasionaram a Revolução em 1959) e presidente da importante instituição cultural Casa de las Américas, de 1959 até 1980, ano em que comete suicídio. Após sua morte emblemática, iniciou-se um processo de mitificação de Haydée pela memória oficial cubana, ao qual acreditamos que o documentário Nuestra Haydée esteja relacionado. Esse discurso mitificador enfatizou, nas mídias cubanas, representações de feminilidade e sacrifício pessoal, salientando a postura "maternal" de Haydée à frente da direção da Casa de las Américas e minimizando sua atuação política e as possíveis divergências em relação à política cultural assumida pelo governo. Este documentário é uma das produções de caráter oficial que visa divulgar internacionalmente, por meio da linguagem audiovisual e das redes da internet, em tom heroico, a trajetória política de Haydée e a celebração da Revolução. Pretendemos compreender o processo de produção do documentário, analisar criteriosamente o formato do mesmo e o discurso sobre a vida de Haydée e o processo revolucionário, considerando o contexto em que foi realizado (Cuba dos anos 2010, sob o governo de Raúl Castro). Partimos da hipótese de que este documentário apresenta, por meio da linguagem audiovisual, uma avaliação histórica do papel de Haydée como guerrilheira e dirigente, no contexto do processo de institucionalização da Revolução Cubana, não isenta de ambiguidades e silenciamentos. Também pretendemos compreender e problematizar as noções de gênero presentes no documentário, considerando, ainda, que o mesmo foi realizado por uma diretora. E que há, em Cuba, uma tradição de filmes nacionais com temáticas voltadas ao lugar da mulher na Revolução. Por fim, também desejamos investigar o impacto do documentário em Cuba e sua recepção no exterior. (AU)

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