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Autonomias indígenas na Amazônia Brasileira: um panorama socioterritorial

Processo: 18/22226-4
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de agosto de 2019
Data de Término da vigência: 30 de junho de 2023
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Geografia - Geografia Humana
Pesquisador responsável:Larissa Mies Bombardi
Beneficiário:Fábio Márcio Alkmin
Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Bolsa(s) vinculada(s):21/06827-0 - Territórios indígenas no contexto da crise climática global: geopolítica do carbono, serviços ecossistêmicos e autonomias indígenas na Amazônia brasileira, BE.EP.DR
Assunto(s):Geografia política   Geografia agrária   Povos indígenas   Autodeterminação dos povos   Território   Amazônia   Amazônia Brasileira
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Amazonia | América Latina | autodeterminação | Autonomias indígenas | Movimentos indigenas | território | Geografia Política/ Geografia Agrária

Resumo

Identifica-se desde o final da década de 1970 um processo de emergência étnica em grande parte dos países Latino-Americanos. Tal fenômeno - demográfico, cultural, econômico e sobretudo político - favoreceu o (re)surgimento de diversas identidades indígenas que estavam até então subjugadas pela hegemonia da identidade nacional. Se na época os atores indígenas necessitavam amparar suas demandas políticas na lógica da tutela e do indigenismo estatal, hoje, quarenta anos depois, seus discursos reivindicatórios questionam a lógica da representatividade e disputam espaços nos mais variados campos de poder. Entre as pautas políticas contemporâneas destas coletividades encontram-se demandas como o território (e não a terra), a autogestão e a defesa dos conhecimentos tradicionais, reivindicações que convergem à práxis autonômica como estratégia política concreta de territorialização e defesa identitária. A hipótese da tese é que embora muitas vezes oculta, esta práxis vem paulatinamente se expandindo entre os movimentos indígenas na Amazônia Brasileira. Nesse sentido, em face à contínua invasão de territórios e violência contra as comunidades, somado ao esgotamento dos paradigmas indigenistas estatais (que na atual conjuntura neoliberal parecem ter se tornado antindígenas), organizações indígenas na Amazônia vêm reagindo mediante a uma série de estratégias autonômicas. Entre elas destacam-se a construção de protocolos de consulta, a realização de autodemarcações e "retomadas", a criação de grupos de vigilância e autodefesa territorial, a criação de mecanismos de autofinanciamento territorial, a elaboração de programas educacionais autogestionados, entre outras. A pesquisa visa compreender este fenômeno pela ótica socioterritorial, buscando sistematizá-lo na escala da Amazônia Legal, tomando como recorte temporal o período entre 1988 e 2020 e relacionando-o ao avanço do projeto de exploração capitalista da Amazônia no mesmo período. Toma-se como estudo de caso aprofundado a Terra Indígena Maró, localizada no Oeste do Pará, particularizando o fenômeno autonômico ao nível local. Finalmente, tecerei uma reflexão crítica a respeito das potencialidades e limitações da estratégia autonômica atual, colaborando assim ao esforço teórico de outros campos do conhecimento atualmente implicados nessa questão, como a Antropologia, a História e a Ciência Política. (AU)

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Publicações acadêmicas
(Referências obtidas automaticamente das Instituições de Ensino e Pesquisa do Estado de São Paulo)
ALKMIN, Fábio Márcio. Rios vazantes: autonomias indígenas e geografias anticoloniais na Amazônia brasileira. 2024. Tese de Doutorado - Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH/SBD) São Paulo.