Cromossomos B e modificações epigenéticas: como a metilação do DNA se relaciona com o estresse ambiental em Astatotilapia latifasciata

• Processo: 22/02544-7
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
• Data de Início da vigência: 01 de abril de 2022
• Data de Término da vigência: 31 de março de 2023
• Área de conhecimento: Ciências Biológicas - Genética - Genética Animal
• Pesquisador responsável: César Martins
• Beneficiário: João Pedro Silva Climaco
• Instituição Sede: Instituto de Biociências (IBB). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Botucatu. Botucatu , SP, Brasil
• Vinculado ao auxílio: 15/16661-1 - Cromossomos sexuais, cromossomos B e seus enigmas: sistemas modelo para estudos de evolução cromossômica e genômica, AP.TEM
• Assunto(s): Estresse ambiental Cromossomos B Metilação de DNA Epigênese genética
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Cromossomos B | epigenética | metilação de DNA | Citogenética e Biologia Molecular

Resumo

Apesar da natureza do nome "cromossomos B" descender da ideia de elementos extra e dispensáveis do genoma, diferentemente dos chamados "cromossomos A" e de casos de aneuploidia (Beukeboom, 1994), sua presença através dos clados mais amplos de eucariotos e sua heterogeneidade na evolução e no comportamento das espécies impedem uma definição conceitual unificada (Camacho, 2005). Com efeito, descobertas recentes sugerem que esses elementos, originários de cromossomos A e sexuais (Burt & Trivers, 2009), apresentam um vasto "repositório" de sequências gênicas que podem afetar diferentes funções celulares e processos biológicos em geral (Ahmad & Martins, 2019). Considerando a presença do cromossomo B no ciclídio Astatotilapia latifasciata, afetando a expressão de sequências de DNA (Ramos et al., 2016) através de mecanismos como modificações epigenéticas (Cardoso et al., 2019) e a expressão de Elementos Transponíveis (Coan & Martins, 2018), essa espécie tem sido usada como modelo para origem, função e evolução de cromossomos B e sexuais. De forma adicional, o gênero Astatotilapia, dentre outros Haplochromini, tem sido usado em outras pesquisas como meio para estudar radiações adaptativas rápidas dos peixes ciclídeos nos lagos do leste africano (Kornfield & Smith, 2000), especialmente considerando sua diversidade ecológica e genética (Kocher, 2004). Portanto, dado o impacto de regulações epigenéticas através da metilação do DNA no perfil global da expressão gênica entre organismos (Cedar & Bergman, 2009), bem como o papel desempenhado por cromossomos B no epigenoma de A. latifasciata, o presente trabalho propõe a análise de diferenças na metilação do DNA entre indivíduos B- e B+, machos e fêmeas de A. latifasciata em resposta ao estresse ambiental controlado, assim como as prováveis diferenças epigenéticas entre esses grupos em regiões candidatas previamente ao experimento.(AU)