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A problemática do povo no melodrama cinematográfico brasileiro

Processo: 22/09964-1
Modalidade de apoio:Bolsas no Exterior - Estágio de Pesquisa - Doutorado
Data de Início da vigência: 07 de fevereiro de 2023
Data de Término da vigência: 13 de maio de 2023
Área de conhecimento:Linguística, Letras e Artes - Artes - Cinema
Pesquisador responsável:Pedro Maciel Guimarães Junior
Beneficiário:David Ken Gomes Terao
Supervisor: Françoise Rachel Zamour
Instituição Sede: Instituto de Artes (IA). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
Instituição Anfitriã: École Normale Supérieure, Paris (ENS), França  
Vinculado à bolsa:20/06447-0 - Apropriações do melodrama no cinema contemporâneo brasileiro, BP.DR
Assunto(s):Cinema brasileiro   Melodrama   Gênero cinematográfico
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Cinema Brasileiro | melodrama | Gêneros Cinematográficos

Resumo

No seu livro Le mélodrame dans le cinéma contemporain, Françoise Zamour propõe uma metodologia de análise para o melodrama a partir da disciplina da história. Sua teoria é de que o melodrama é o gênero privilegiado para tratar do povo como tema e destinatário simultaneamente. Lidando com o difícil e problemático conceito de povo, Zamour recorre ao contexto da Revolução Francesa para propor a tese de que o melodrama se configura como um meio de aparição do povo, inicialmente no teatro e depois na tela de cinema. Em outras palavras, o melodrama é uma fábrica de povos. No entanto, diante de uma pesquisa a respeito do melodrama cinematográfico brasileiro, é preciso problematizar tanto a noção de povo utilizada por Zamour quanto seu modo de aparição. Quanto ao povo, se a autora francesa recorre a uma possibilidade da união nacional através do que ela chama de grande amizade, na definição do autor Jules Michelet, a realidade brasileira impõe a necessidade de outras leituras. A própria configuração de povo no contexto brasileiro se apresenta como um problema, uma vez que, como observa Darcy Ribeiro, a consequência da formação do Brasil através dos processos violentos da colonização e da escravidão, bem como a contínua exploração do trabalhador sem direitos resultaram em um não-reconhecimento dos brasileiros enquanto povo dentro de uma unidade nacional. Essa falta de reconhecimento, por sua vez, resulta em uma encenação melodramática que não busca refletir uma união possível de um povo, mas expor sua impossibilidade, as fissuras sociais do Brasil. Nesse sentido, a presente pesquisa irá se deter nos conceitos de povo utilizados tanto pela pesquisa de Zamour quanto por historiadores e sociólogos brasileiros e depois partir para uma análise do melodrama no cinema brasileiro levando em conta a especificidade de nossa cultura e história. (AU)

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