Interações de SARS-CoV-2 com Tecido Adiposo e Implicações na Patogênese Viral

• Processo: 21/00218-2
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado
• Data de Início da vigência: 01 de abril de 2023
• Data de Término da vigência: 31 de outubro de 2025
• Área de conhecimento: Ciências Biológicas - Microbiologia
• Pesquisador responsável: Mariana Kiomy Osako
• Beneficiário: Ana Beatriz do Anjos Souza
• Instituição Sede: Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP). Universidade de São Paulo (USP). Ribeirão Preto , SP, Brasil
• Bolsa(s) vinculada(s): 23/08666-0 - Gotículas lipídicas como carreadores virais em adipócitos, BE.EP.DR
• Assunto(s): Adipócitos COVID-19 Obesidade SARS-CoV-2 Virologia
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: adipócitos | Covid19 | obesidade | SARS-CoV-2 | Virologia

Resumo

Durante o surto de COVID-19 pelo vírus SARS-CoV-2, foi observada a alta prevalência de síndrome respiratória aguda grave em pacientes com sobrepeso e obesos, que também apresentaram maior taxa de hospitalização e internação em unidades de terapia intensiva. Para compreender as causas de pacientes obesos terem maior risco de desenvolverem formas mais graves de COVID-19, o objetivo deste projeto é elucidar as interações entre tecido adiposo e o vírus SARS-CoV-2 e suas implicações na patogênese viral. Para isso, serão avaliados a suscetibilidade e permissividade de adipócitos à infecção por SARS-CoV2, mecanismos de sua replicação e persistência, bem como a contribuição do adipócito infectado na produção de citocinas pró-inflamatórias. Avaliaremos também se o quadro de inflamação crônica e de baixo grau encontrado no tecido adiposo de pacientes obesos contribui para o aumento da infectividade e replicação viral nos adipócitos. Em experimentos preliminares, identificamos que adipócitos 3T3-L1 são permissivos à infecção pelo vírus SARS-CoV-2 e que as gotículas lipídicas podem exercer papel na sua replicação. Assim, investigaremos o metabolismo das gotículas de lipídios na replicação do SARS-CoV-2 e funcionalidade da lipogafia no tecido adiposo infectados e sua capacidade de alterar o armazenamento de ácido graxo e induzir a diferenciação em tecido bege. A persistência do SARS-CoV-2 também será avaliada em adipócitos infectados por 30 dias, assim como a presença do vírus será investigada em amostras de tecido adiposo branco oriundas de autópsias de pacientes com COVID-19. Estudos que visem o aprofundamento no conhecimento das interações do SARS-CoV-2 com células do tecido adiposo são de grande relevância para compreender a patogênese viral e permitirão manejo clínico mais adequado da doença de pacientes obesos, assim como avaliar possíveis impactos a longo prazo de pacientes que tiveram COVID-19.