Estudos morfofuncionais da cardiotoxicidade induzida pelo pesticida clorpirifós

• Processo: 23/04028-9
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
• Data de Início da vigência: 01 de agosto de 2023
• Data de Término da vigência: 31 de julho de 2025
• Área de conhecimento: Ciências Biológicas - Farmacologia - Toxicologia
• Pesquisador responsável: Danilo Roman Campos
• Beneficiário: Aline Naomi Ito
• Instituição Sede: Escola Paulista de Medicina (EPM). Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Campus São Paulo. São Paulo , SP, Brasil
• Vinculado ao auxílio: 21/05584-7 - Avaliação da toxicidade aguda e crônica ao coração e ao cérebro expostos a pesticidas encontrados na água potável do Brasil, AP.JP2
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: cardiotoxicity | chlorpyrifos | cholinesterase | Noael | pesticide | Cardiotoxicologia

Resumo

O uso de pesticidas permite atender a demanda alimentar da sociedade atual, mas alguns resíduos químicos podem persistir no ambiente e atingir organismos não alvos, levando, por exemplo, à cardiotoxicidade. Adicionalmente, resíduos de pesticidas são encontrados na água potável e nos alimentos, fato que favorece a ingestão diária desses compostos pela população. O clorpirifós, um tipo de organofosforado, possui sua toxicidade atribuída principalmente à inibição da enzima colinesterase. Diversos estudos observaram a toxicidade desse pesticida relacionado ao sistema nervoso central e periférico e à inibição da colinesterase de hemácias, mas poucos são específicos para o coração. Em estudos de toxicologia, um importante parâmetro é a concentração na qual não é observado efeito adverso (sigla NOAEL, do inglês No Observed Adverse Effect Level). Para o clorpirifós, em pesquisas com a administração via oral em ratos, o valor de 0,1 mg/kg/dia foi estabelecido como o NOAEL, com base no ensaio da inibição da colinesterase de hemácias. Sabe-se que a colinesterase é uma enzima também encontrada no tecido cardíaco, mas não se sabe se exposição in vivo ao pesticida clorpirifós na concentração de 0.1 mg/kg/dia é capaz de alterar a atividade elétrica do órgão ou torná-lo mais suscetível a arritmias. Portanto, temos por objetivo avaliar se morfologia do coração e a atividade elétrica do órgão de rato são alteradas durante tratamento por 28 dias com 0,1 mg/kg/dia de clorpirifós. Os parâmetros a serem avaliados serão: eletrocardiograma in vivo e marcadores de lesão cardíaca, aferidos por técnicas histológicas e bioquímicas. Ao final do nosso estudo, seremos capazes de afirmar se o atual NOAEL proposto para o clorpirifós também se aplica ao tecido cardíaco.